Coronavírus é emergência de saúde internacional, diz OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou ainda que ‘confia na capacidade da China de conter o novo vírus’

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2020 16h56 - Atualizado em 31/01/2020 08h52
Martial Trezzini/EFE Tedros Adhanom é o atual diretor-geral da OMS

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que o novo coronavírus se tornou uma “emergência de saúde internacional”.

“Por todas essas razões, eu declaro que o novo coronavírus se tornou uma emergência de saúde pública de interesse internacional”, afirmou Tedros, durante a coletiva.

A China já soma milhares de casos confirmados no país e o número de mortes chegou a 170. O diretor-geral da OMS também destacou que o momento é de ação conjunta devido a outros países que já registram casos confirmados da doença.

“Nós temos agir em conjunto para impedir a propagação do vírus”, disse Tedros. O diretor-geral também afirmou que a OMS confia na capacidade da China para contar o novo coronavírus. “Deixe-me ser claro. Essa declaração não é uma desconfiança da China. Pelo contrário, a OMS confia na capacidade da China de controlar o novo coronavírus. Mas a principal razão para essa declaração é devido ao que está acontecendo em outros países”, disse o diretor-geral.

Ainda nesta semana, uma comitiva da OMS visitou a China e o presidente Xi Jinping, juntamente com o diretor-geral da organização, que garantiu “não há dúvidas do comprometimento da China com a transparência e com a proteção das pessoas”. “Estamos trabalhando diligentemente com parceiros nacionais e internacionais de saúde pública para controlar esse surto o mais rápido possível”, declarou Tedros.

Os casos confirmados de coronavírus na China já ultrapassam oito mil e, de acordo com a OMS, 19 países também confirmaram a presença do vírus entre seus cidadãos.

O Ministério da Saúde informou, durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta, que ainda trabalha com os nove casos suspeitos no país. Por enquanto, nenhum desses casos foram confirmados pelos órgãos de saúde.

A OMS também afirmou nesta quinta que “a ampla maioria de pessoas infectadas em outros países fora da China tem histórico de viagem à cidade de Wuhan”, epicentro do surto, ou “tiveram contato com alguém que visitou a cidade”.

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