Corte francesa condena Uber a pagar equivalente a R$ 1,1 milhão para taxistas

Ao todo, 910 motoristas acionaram a Justiça contra ‘competição injusta’ que teria sido feita pela empresa ao permitir trabalho de pessoas desqualificadas por preço baixo

  • Por Jovem Pan
  • 10/09/2021 12h25
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www.quotecatalog.com/Divulgação/Creative Commons pessoa segurando celular com uber aberto Na França, modalidade 'Uber Pop' é proibida desde 2015

Uma corte francesa condenou nesta quinta-feira, 10, a sede da Uber no país europeu a pagar € 180 mil (equivalente a mais de R$ 1,1 milhão) a 910 motoristas de táxis filiados a um sindicato no país por fornecer o serviço Uber Pop. A prática ficou em vigor no país entre os anos de 2014 e 2015 e permitia que qualquer indivíduo fosse motorista e oferecesse o serviço de carona por aplicativo a um preço mais baixo do que o ofertado pelos funcionários de cooperativas e por outros motoristas privados licenciados. As ações judiciais movidas pelos taxistas justificavam que a competição de serviços era injusta. Para a Corte, a empresa Uber violou regras de mercado e “causou dano moral e dano à reputação dos taxistas” ao permitir as caronas. A polêmica foi tão grande na época que o grupo precisou suspender a modalidade de serviço e desde então só aceita motoristas credenciados que tenham passado em testes que já são aplicados a taxistas.

“Quando você é transportado por qualquer um sem segurança, sua vida está em perigo”, afirmou ao jornal francês Libertè o presidente da união dos taxistas no país, Christophe Jacopin, que comemorou a decisão e disse que ela era uma reparação a todos que exercem a profissão legalmente. A subsidiária francesa da companhia norte-americana já tinha sido condenada por práticas comerciais injustas em 2015, mas agora recebeu o veredito na esfera civil e precisará desembolsar o valor, que será entregue parcialmente para a cooperativa e para os taxistas. Em posicionamento ao mesmo jornal, um porta-voz da empresa reforçou que a política da Uber desde 2015 é contratar apenas quem tem qualificação para os cargos. O mesmo é feito em países como Alemanha, Bélgica e Holanda.

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