Depois de Maduro expulsar delegação dos EUA, Guaidó pede a embaixadores que fiquem na Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 23/01/2019 19h38
EFE Líder da oposição disse que pretende realizar "um governo de transição e ter eleições livres"

O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, enviou carta às embaixadas estrangeiras no país, pedindo a permanência de missões diplomáticas. Em meio a ondas de protestos contra o ditador Nicolás Maduro, ele se declarou chefe do governo nesta quarta-feira (23).

“Com os poderes outorgados a mim pela Constituição, comunico a todos os chefes de missões diplomáticas e seu pessoal credenciado que o Estado da Venezuela deseja firmemente que mantenham a sua presença em nosso país”, escreveu Guaidó, no documento.

Enquanto o presidente interino enviava cartas pedindo a permanência de diplomatas, o ditador rompia relações com os Estados Unidos, que apoiam Guaidó. Maduro deu “72 horas para o pessoal diplomático e consular dos EUA sair do país.”

“Temos denunciado o governo imperialista dos Estados Unidos, que dirige uma operação para impor um golpe de estado na Venezuela. Pretendem eleger e designar o presidente da Venezuela por vias não constitucionais”, afirmou Maduro em discurso.

Presidente interino

Nesta quarta-feira (23), em meio a uma onda de protestos contra a ditadura de Nicolás Maduro, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, considerado o principal líder da oposição, se declarou presidente interino do país.

“Em condição de presidente da Assembleia Nacional, ante Deus, Venezuela, em respeito a meus colegas deputados, juro assumir formalmente as competências do executivo nacional como presidente interino da Venezuela”, disse, em pronunciamento.

Diante de centenas de manifestantes que o apoiam, o deputado segurou um exemplar da Constituição venezuelana e afirmou que seu objetivo é “conseguir o fim da usurpação” e realizar “um governo de transição e ter eleições livres”.

Presidentes como Donald Trump (EUA) e Jair Bolsonaro (Brasil) já se declararam a favor da decisão de Guaidó. Ele também conta com apoio de Argentina, Paraguai, Colômbia, Peru, Canadá, Chile, Equador, Guatemala e Costa Rica.

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