Diretores da CIA e do Mossad deixam o Catar após negociações de trégua em Gaza

Chefes vão se reunir com as respectivas equipes nos seus países para falar sobre as pautas da última reunião

  • Por Jovem Pan
  • 24/03/2024 12h16
AFP Faixa de gaza Conflitos na Faixa de Gaza resultam em mais de 30 mil mortes de civis palestinos desde outubro

O chefe da inteligência dos EUA, Bill Burns, e o diretor do Mossad israelense, David Barnea, deixaram o Catar na noite de sábado, 23, após uma série de negociações com o objetivo de alcançar uma trégua na Faixa de Gaza. Os diretores da CIA e da Mossad “deixaram Doha para informar as respectivas equipes nos seus países sobre a última rodada” de negociações, disse neste domingo a fonte, envolvida nas negociações, que falou sob condição de anonimato. As negociações concentraram-se “nos detalhes e em qual será a proporção da troca de reféns por prisioneiros”, acrescentou. Na sexta-feira, a delegação de Israel foi ao Catar para dar continuidade, pelo quinto dia, as negociações sobre uma trégua na Faixa de Gaza e o retorno de 134 prisioneiros do grupo islâmico Hamas, informou o primeiro-ministro israelense, Benjamina Netanyahu.

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A guerra entre Israel e Hamas se encaminha para o sétimo mês e já deixou mais de 30 mil mortos no enclave palestino. Nesta segunda, o Conselho de Segurança da ONU deve se reunir para discutir uma nova resolução, vista que a apresentada pelos Estados Unidos na última sexta, foi vetada por China e Rússia, membros permanentes. Essa foi a primeira vez que os norte-americanos pediram um cessar-fogo imediato desde o começo da guerra. A nova resolução, apresentada por sete membros não permanentes do Conselho: Argélia, Guiana, Malta, Moçambique, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça, embora a intenção inicial fosse que todos os dez membros não permanentes a patrocinassem para dar uma ideia da demanda global.

O texto “pede um cessar-fogo imediato para o mês do Ramadã” que “leve a um cessar-fogo permanente e sustentado”. Paralelamente, pede a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e enfatiza a necessidade de “expandir o fluxo de ajuda humanitária”, para responder à “grave preocupação com a situação humanitária catastrófica em Gaza”. No sábado, 23, o Hamas informou que um dos reféns morreu por falta de alimentos e medicamentos e que outros três estão doentes e precisam de tratamento. Dos 253 sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro, 130 permaneceram na Faixa de Gaza, 30 deles mortos – mais de 70 confirmados segundo o Hamas -, enquanto quatro são reféns há anos, dois deles mortos. Desde o início da guerra, Israel e o Hamas chegaram a um acordo de trégua de uma semana, no final de novembro, que resultou na libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinos.

*Com agências internacionais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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