Durante oração do Angelus, Papa lembra que pagamento de impostos é dever do cidadão

O pontífice ainda manifestou apoio aos 18 tripulantes de pesqueiros italianos retidos na Líbia desde 2 de setembro

  • Por Jovem Pan
  • 18/10/2020 15h10
EFE / EPA / ANGELO CARCONI papa francisco Papa Francisco durante a oração Angelus neste domingo, 18

O papa Francisco afirmou neste domingo, 18, durante a oração do Angelus, feita pela janela do Palácio Apostólico, que as pessoas não devem deixar de pagar os impostos, assim como não devem desrespeitar leis “justas” definidas pelos Estados. “O pagamento de impostos é um dever do cidadão. Ao mesmo tempo, é necessário afirmar a primazia de Deus na vida e na história humana, respeitando o direito de Deus ao que lhe pertence”, disse o líder da Igreja Católica.

O pontífice se dirigiu aos fiéis que acompanhavam suas palavras da Praça de São Pedro, comentando o Evangelho e a passagem na qual Jesus de Nazaré é perguntado pelos detratores se era lícito prestar tributo a César. “Jesus, conhece a malícia e sai da armadilha. Pede a eles que lhe mostrem a moeda do imposto, ele a toma em suas mãos e pergunta: de quem é esta imagem impressa. Eles respondem que é de César, ou seja, do Imperador. Então Jesus responde: ‘Devolvei o que é de César a César e a Deus o que é de Deus'”, disse Francisco.

“Por um lado, ele reconhece que o imposto a César deve ser pago, porque a imagem na moeda é sua; mas, acima de tudo, ele lembra que cada pessoa traz dentro de si uma outra imagem, a de Deus, e por isso é a Ele, e somente a Ele, que todos estão endividados com sua própria existência”, completou. Após a oração, o papa dirigiu palavras de apoio para os 18 tripulantes dos pesqueiros italianos retidos na Líbia desde 2 de setembro, por supostamente estarem sem permissão em águas territoriais do país do Norte da África.

O pontífice, inclusive, garantiu que ora pelas negociações internacionais que visam pacificar o território líbio, em conflito desde a queda do ditador Muammar al-Gaddafi, em 2011. “Irmãos e irmãs, chegou a hora de acabar com todas as formas de hostilidade e promover um diálogo que leve à paz, estabilidade e unidade no país”, afirmou o papa.

*Com Agência EFE

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