Lula é recebido por Xi Jinping, assina 15 acordos com a China e diz que país asiático é ‘parceiro preferencial’

Ministério da Fazenda projeta R$ 50 bilhões de investimentos no país; mandatário brasileiro destacou que parceria visa ‘ampliar fluxos de comércio e equilibrar a geopolítica mundial’

  • Por Jovem Pan
  • 14/04/2023 05h56 - Atualizado em 14/04/2023 08h40
Reprodução/Twitter/@LulaOficial/@ricardostuckert/Ricardo Stuckert Lula e Xi Jinping se encontram em cerimônia oficial em Pequim na manhã desta sexta-feira Presidente Lula está em viagem oficial na China deste a terça-feira e encontra Xi Jinping pela primeira vez na manhã desta sexta, em Pequim

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se encontrou pela primeira vez com o presidente da China, Xi Jinping, em um evento oficial realizado por Pequim nesta sexta-feira, 14. O encontro começou por volta das 5h30 (de Brasília). Na agenda oficial de Lula, está previsto um “encontro ampliado” inicialmente e, em seguida, um “encontro restrito” com o líder asiático. Também nesta sexta, os dois presidentes assinaram ao menos 15 acordos bilaterais e jantaram juntos na capital chinesa. Por volta das 10h30, está prevista uma fala de Lula à imprensa, na qual ele deverá comentar sobre as ações realizadas ao longo do dia. Mais cedo, o petista e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que participa da comitiva presidencial na China, se reuniram com o presidente da Assembleia Popular Nacional chinesa, Zhao Leji. Em discurso durante encontro com Leji, Lula afirmou que a China é o “parceiro preferencial” do Brasil para negócios e relações exteriores.

“É importante dizer que a China tem sido uma parceira preferencial do Brasil nas suas relações comerciais. É com a China que a gente mantém o mais importante fluxo de comércio exterior. É com a China que nós temos a nossa maior balança comercial”, afirmou o presidente Lula. “Queremos elevar o patamar da parceria estratégica entre nossos países, ampliar fluxos de comércio e equilibrar a geopolítica mundial”, completou. O Ministério da Fazenda projeta que os acordos assinados hoje rendam aproximadamente R$ 50 bilhões de investimento para o Brasil.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2022, o país asiático importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou quase US$ 60,7 bilhões para o mercado nacional. O volume comercializado, US$ 150,4 bilhões, cresceu 21 vezes desde a primeira visita de Lula ao país, em 2004. O ano de 2023 é o cinquentenário do início das relações comerciais entre Brasil e China. A primeira venda entre os dois países aconteceu em 1973, um ano antes do estabelecimento das relações diplomáticas sino-brasileiras.

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