Em Viena, cemitério muçulmano se recusa a enterrar o corpo de terrorista

O diretor do cemitério islâmico afirmou que as ações do autor do ataque atingiu também a população muçulmana, que não gostaria de ser enterrada ao lado de um assassino

  • Por Jovem Pan
  • 11/11/2020 16h49
EFE/EPA/CHRISTIAN BRUNA Moradores de Viena prestam homenagens às vítimas do atentado terrorista

O cemitério muçulmano de Viena se negou a receber o corpo do terrorista que, no dia 2 de novembro, foi autor de um atentado que deixou quatro mortos e 22 feridos na cidade. Reivindicado pelo Estado Islâmico, o ataque foi executado apenas por Kujtim Fejzulai, que tinha 20 anos quando iniciou o tiroteio perto de uma sinagoga e foi abatido pela polícia. O administrador do cemitério, que foi o primeiro destinado especialmente a praticantes da religião islâmica na Áustria, afirmou que algumas pessoas manifestaram objeções a serem futuramente enterradas ao lado de um assassino. “Alá acertará as contas com ele, mas sentimos que tínhamos que fazer algo”, declarou Ali Ibrahim ao jornal local Kurier.

Ainda não há informações sobre onde o jihadista será enterrado, mas algumas possibilidade são outro cemitério islâmico localizado em Altach ou no próprio cemitério central de Viena, que possui uma área destinada aos muçulmanos. Também é possível que o corpo seja enviado para a Macedônia do Norte, onde estão enterrados os pais do autor do ataque terrorista. “É um assassino que matou inocentes e atingiu todos os muçulmanos”, analisou Ibrahim.

*Com informações da EFE

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