Embaixada de Israel no Brasil critica nota do PT sobre guerra: ‘Falta de compreensão da situação’

Embaixada lamenta que o partido tenha comparado as ações do Hamas com as operações do governo de Benjamin Netanyahu

  • Por Jovem Pan
  • 17/10/2023 18h21
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QUDIH/AFP Um palestino carregando uma criança corre após um ataque israelense, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza Guerra no Oriente Médio já deixou mais de quatro mil vítimas fatais

A Embaixada de Israel no Brasil emitiu um comunicado na tarde desta terça-feira, 17, criticando a resolução do PT sobre a guerra no Oriente Médio. No texto, a Embaixada lamentou que o partido tenha comparado as ações do grupo palestino Hamas com as operações do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “Qualquer pessoa que pense que o assassinato bárbaro, a violação e a decapitação de pessoas é uma posição política, ou que se trata apenas de uma luta política legítima, possui uma extrema falta de compreensão da atual situação. É muito lamentável que um partido que defende os direitos humanos compare a organização terrorista Hamas, que vai de casa em casa para assassinar famílias inteiras, com o que o governo israelense está fazendo para proteger os seus cidadãos. Deve ser feita uma forte separação entre a organização terrorista Hamas e os palestinos”, diz o texto.

Nesta segunda-feira, 16, o PT condenou os ataques do Hamas e se referiu ao Estado de Israel como genocida contra o povo palestino. “O PT condena, desde sua fundação, todo e qualquer ato de violência contra civis, venham de onde vierem. Por isso, condenamos os assassinatos e sequestro de civis, cometidos tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel, que realiza, neste exato momento, um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra”, diz um trecho do documento. O partido ainda declarou apoio à atuação do governo brasileiro e ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em prol de um cessar-fogo e pelo cumprimento das definições da ONU, que também não classificou o Hamas como grupo terrorista. No documento, o PT afasta a possibilidade de aproximação com o grupo e diz manter relações partidárias unicamente com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e com a Autoridade Nacional Palestina sediada em Ramallah.

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