Emenda que oferece livre acesso à internet em Cuba é aprovada no Senado dos EUA

Projeto, criado por dois senadores republicanos, deve seguir para análise da Câmara dos Representantes antes de ser sancionado

  • Por Jovem Pan
  • 12/08/2021 11h43 - Atualizado em 12/08/2021 12h34
EFE/EPA/WILL OLIVER - 28/07/2021 pessoas protestando em Cuba Cuba registrou uma série de protestos apoiados por cidadões do país nos EUA

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira, 11, uma emenda que solicita ao governo do presidente Joe Biden a oferta de livre acesso à internet em Cuba. A tecnologia deve ser entregue à ilha com a criação de um fundo que possibilite o serviço “aberto e sem censura”. A emenda foi uma das aprovadas durante a maratona de votações que ocorreu ao longo da madrugada e antes da aprovação da iniciativa orçamentária apresentada pelos democratas, um plano avaliado em US$ 3,5 trilhões. Os senadores republicanos Marco Rubio e Rick Scott foram os responsáveis pela apresentação da emenda. A justificativa dada por eles foi de que o fornecimento de internet auxiliaria os cidadãos “privados do fluxo livre de informação pelo regime comunista ilegal cubano”. O senador Rubio, de pais cubanos, lembrou que tem ressaltado a importância do acesso dos cubanos à internet “desde que os protestos históricos começaram, há um mês”.

“A repressão do regime deixa clara a necessidade de agir agora. Felizmente, a tecnologia existe para fornecer conectividade”, disse em comunicado publicado na sua página nas redes sociais. Na mesma nota, Scott frisou que “o tempo para o presidente Biden rever a sua política em relação a Cuba acabou”. “Temos de tomar medidas imediatas para implementar toda a tecnologia para facilitar o livre fluxo de informação de e para a ilha, e amplificar as vozes do povo cubano através da aprovação desta emenda”, disse. Com a aprovação da emenda e da iniciativa orçamentária, o texto será enviado à Câmara dos Representantes e precisa do aval da Casa para ser aprovado. No final do mês passado, após protestos que deixaram pelo menos um morto e centenas de presos, os EUA anunciaram mais sanções contra o governo cubano, desta vez contra a Polícia Nacional Revolucionária (PNR) e dois dos seus líderes, depois dos protestos de 11 de julho. Antes de anunciar as sanções, Biden disse que o governo americano avaliava “todas as opções disponíveis” para proporcionar ao povo cubano acesso à internet.

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