Enfermeira mexicana é primeira pessoa a ser vacinada na América Latina
Com um carregamento de 3 mil doses, México se tornou o primeiro país latino-americano a receber as vacinas da Pfizer/BioNTech; María Ramírez, de 59 anos, diz ter recebido ‘o melhor presente de 2020’
O México colocou em ação nesta quinta-feira, 24, o plano de vacinação contra a Covid-19 ao administrar a profissionais da saúde as primeiras doses adquiridas da vacina da Pfizer. A enfermeira mexicana, María Irene Ramírez, de 59 anos, e chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Rubén Leñero, na Cidade do México, se tornou a primeira pessoa na América Latina a receber a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer/BioNTech. “Estou um pouco nervosa, mas muito feliz. Na verdade, é o melhor presente que eu recebi em 2020. Isso me dá segurança para seguir em frente nesta guerra contra um inimigo invisível”, comentou Ramírez antes de ser vacinada, por volta das 7h50 (horário local; 10h50 em Brasília) no Hospital Geral do México, na capital.
Com um carregamento de 3 mil doses, o México se tornou o primeiro país latino-americano a receber as vacinas da Pfizer/BioNTech, e espera adquirir novas doses a cada semana para vacinar todos os profissionais da saúde em janeiro e o resto da população entre 2021 e 2022. As primeiras vacinações foram realizadas no Hospital Geral, na capital, a cidade mais afetada pelo coronavírus, e em duas bases militares nas cidades de Toluca e Querétaro. Todas foram transmitidas ao vivo durante entrevista coletiva do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador. López Obrador garantiu que durante os próximos meses a vacinação “será universal e gratuita” e “dependerá somente da disponibilidade da vacina”, já que o governo conta com o orçamento necessário para a aquisição. “Somos o primeiro país da América Latina a receber a vacina. A vacinação no México começa hoje, na União Europeia, no domingo. Chegamos a tempo”, comemorou o ministro das Relações Exteriores mexicano, Marcelo Ebrard, o encarregado de conseguir vacinas o quanto antes. Até o momento, o país já registou mais de 1,3 milhão de casos da doença, entre eles 120 mil mortes.
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