Espanha: Madri terá confinamentos seletivos para combater Covid-19

Segundo anúncio do vice-ministro da Saúde Pública, Antonio Zapatero, as medidas serão conhecidas no próximo final de semana

  • Por Jovem Pan
  • 16/09/2020 10h23 - Atualizado em 16/09/2020 10h24
EFE/EPA/MADRID CITY HALL Até agora, apesar do aumento de casos nas últimas semanas, o governo local tem resistido a tomar medidas mais restritivas

O governo regional de Madri, na Espanha, tomará medidas “mais drásticas” para impedir um novo avanço da Covid-19. Entre as ações adotadas estão “confinamentos seletivos” em áreas de maior incidência do vírus, bem como restrições à mobilidade e concentração de pessoas. Segundo anúncio feito nesta quarta-feira, 16, pelo vice-ministro da Saúde Pública e do Plano Covid-19 da Comunidade de Madri, Antonio Zapatero, as medidas serão conhecidas no próximo final de semana. A Comunidade de Madri acumula um terço das novas infecções nas últimas 24 horas (1.207), segundo os últimos dados oficiais. O Ministério estima em 21% o percentual de leitos ocupados por pacientes cobiçosos na Comunidade de Madri, em comparação com a média nacional de 8,5% e o aumento dos casos também está impactando a atenção primária, cujos médicos afirmam estar saturados.

Em entrevista coletiva na terça-feira, 15, Zapatero explicou que a situação na região de Madri é de “manter o nível de infecção”, mas considerou que é necessário antecipar e contemplar “todo o tipo de medidas”, cujo objetivo é baixar a curva da número de casos, acrescentou. Ele esclareceu que “tecnicamente” não é possível falar em confinamento e é necessário estudar os aspectos jurídicos dessa medida, mas frisou que, dada a situação epidemiológica da região, “temos de dar um passo em frente”, pois existe um “relaxamento” de comportamento cidadão que “não podemos pagar”. Até agora, apesar do aumento de casos nas últimas semanas, o governo local tem resistido a tomar medidas mais restritivas. Por outro lado, a Comunidade de Madri solicitou ao Ministério da Saúde que a quarentena fosse reduzida de 14 para sete dias pois, em sua opinião, o cumprimento do período de isolamento é muito mais eficaz do que não ser respeitado.

*Com Agência EFE

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