EUA dizem que líder do Estado Islâmico foi morto com uso de drone na Síria

Bombardeio foi feito com um drone MQ-9 que, no mesmo dia, teria sido ‘assediado’ por operações de aeronaves russas

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2023 11h28 - Atualizado em 09/07/2023 12h18
William ROSADO / US AIR FORCE / AFP drone dos EUA derrubado pro Rússia Veículo aéreo não tripulado MQ-9 Reaper (UAV ou drone) sobrevoando o Nevada Test and Training Range em 14 de janeiro , 2020. Os Estados Unidos condenaram na terça-feira a colisão "imprudente" de um jato russo com um de seus drones sobre o Mar Negro que levou à destruição da aeronave americana

Os Estados Unidos anunciaram neste domingo, 9, que “abateram um líder da organização terrorista Estado Islâmico (EI)”, durante um bombardeio com drone realizado dois dias atrás no leste da Síria. O homem foi identificado como Abu Osama al-Muhajer, informou o Comando Central das Forças Armadas dos Estados Unidos (CENTCOM) em nota oficial. Segundo o documento, “não há indícios de que qualquer civil tenha sido morto neste ataque”. De acordo com a nota, o bombardeio que matou o líder do EI foi feito com um drone MQ-9, aeronaves não tripuladas que, no mesmo dia, tinham sido “assediadas por aviões russos” durante duas horas. Em um comunicado publicado neste sábado, 8, os Estados Unidos denunciaram que os aviões russos lançaram sinalizadores de paraquedas contra os drones e voaram “perigosamente perto” deles. “Mostramos que seguimos comprometidos com a derrota do Estado Islâmico em toda a região”, afirmou o general americano Michael “Erik” Kurilla.

O militar também disse que o grupo jihadista, derrotado territorialmente na Síria em março de 2019, “segue sendo uma ameaça, não apenas para o Oriente Médio, mas muito mais além”. O CENTCOM ainda apontou que a morte de al-Muhajer “interromperá e limitará a capacidade” do EI para planejar e realizar ações, e indicou que tanto as forças americanas como aliados na Síria e Iraque continuarão trabalhando para “conseguir a derrota duradoura do EI”. O grupo jihadista ainda mantém células ativas em vários pontos da Síria, sobretudo no vasto deserto de Badia, no centro do país. Os EUA lideram uma coalizão internacional que luta contra o grupo terrorista no Iraque e na Síria, e lança com certa frequência operações unilaterais contra alvos jihadistas de alta e média relevância.

* Com informações da AFP.

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