EUA: Trump demite dirigentes do Departamento de Segurança Interna

As demissões acontecem um dia depois do Departamento de Segurança Interna divulgar um comunicado afirmando que as eleições tinham sido as mais seguras da história do país

  • Por Bárbara Ligero
  • 13/11/2020 16h09
Doug Mills/EFE As afirmações feitas pelo departamento contradiziam as acusações de fraude eleitoral levantadas por Trump

Nesta sexta-feira, 13, dois dirigentes do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos foram demitidos: Valerie Boyd, chefe de assuntos internacionais, e Bryan Ware, assessor sênior de segurança cibernética e infraestrutura. Segundo uma reportagem publicada nesse mesmo dia pelo jornal norte-americano The Washington Post, o governador de Donald Trump está buscando manter pessoas totalmente leais, de forma que funcionários que já trabalharam com outros presidentes estão sendo vistos com desconfiança. De fato, Boyd trabalhou durante as gestões de Barack Obama e George W. Bush.

As demissões acontecem um dia depois do Departamento de Segurança Interna ter divulgado um comunicado afirmando que “não há evidências de que qualquer sistema de votação excluiu ou perdeu votos, alterou votos ou foi de alguma forma comprometido” e que a “a eleição de 3 de novembro foi a mais segura da história americana”. O posicionamento contradiz as acusações de fraude eleitoral que estão sendo levantadas por Trump nas últimas semanas, algumas delas materializadas em processos judiciais contra estados-chave.

As novas dispensas também acontecem pouco depois de Mark Esper ser retirado da Secretaria de Defesa na segunda-feira, 9. No dia seguinte, funcionários de alto escalão do Pentágono renunciaram aos seus cargos, incluindo o subsecretário interino de Defesa para Política, James Anderson, o subsecretário de Defesa para Inteligência e Segurança, Joseph Kernan, e o chefe de gabinete da Secretaria de Defesa, Jen Stewart. Em junho, Esper havia se posicionado contra a invocação de uma lei que permitiria que Trump colocasse as tropas norte-americanas para combater a onda de protestos que se espalhou pelo país após a morte de George Floyd.

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