Presidente interina da Bolívia diz que, se retornar ao País, Morales deve responder à Justiça
A autoproclamada presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez, afirmou nesta sexta-feira (15) que, caso Evo Morales deixe o exílio no México e retorne ao País, deverá responder à Justiça.
Para Añez, ele deve ser julgado pelas acusações de corrupção e irregularidades nas últimas eleições.
Na quinta-feira, Morales afirmou que pretende voltar para a Bolívia assim que a carta de renúncia for aprovada pelo Legislativo. Ele disse ainda que, caso a população queira, ele voltará o mais rápido possível para “pacificar” o país.
Morales governou a Bolívia por 14 anos e renunciou no último domingo após forte pressão da população e das Forças Armadas. As manifestações, que já estão na terceira semana, se intensificaram após a renúncia do presidente, quando simpatizantes do governo saíram as ruas, denunciando a ocorrência de golpe.
Segundo dados oficiais, houve confrontos com militares que deixaram dez mortos e mais de 400 feridos.
O diplomata e presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior Rubens Barbosa afirmou durante o programa Pra Cima Deles, da Jovem Pan, que não enxerga a situação como um golpe. “Não houve um golpe no sentindo que está sendo usado. Se fosse um golpe no estilo latino americano, os militares teriam tomado o poder, como muitas vezes já aconteceu na Bolívia”, disse.
Nesta sexta-feira, Añez também anunciou que irá expulsar todos os funcionários da embaixada venezuelana em La Paz. A decisão vem após ela decidir reconhecer Juan Guaidó como presidente da Venezuela na tentativa de minar a influência de Morales, que é um apoiador do governo de Nicolás Maduro.
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