Explosão em mesquita deixa mais de 50 mortos e pelo menos 140 feridos no Afeganistão
Suspeita-se que um ataque suicida tenha causado a tragédia no espaço religioso voltado para a população muçulmana xiita
Uma explosão dentro de uma mesquita na cidade de Kunduz, no Afeganistão, deixou mais de 50 pessoas mortas e pelo menos 140 feridas nesta sexta-feira, 8. Os números iniciais do incidente no espaço voltado para a população muçulmana xiita, que é minoria no país, ainda divergem, de acordo com os órgãos. Segundo a missão da Organização das Nações Unidas no país, pelo menos cem pessoas, entre mortos e feridos, foram vitimadas. “Informações iniciais afirmam que mais de cem pessoas foram mortas e feridas em um suposto ataque suicida a uma mesquita”, afirmou o órgão em um tuíte nas redes sociais. “O incidente registrado hoje é parte de um padrão perturbador de violência: o terceiro ataque mortal nesta semana voltado a uma instituição religiosa”, complementou a ONU, citando outros atentados voltados a uma madraça e a outra mesquita. Outras fontes, no entanto, computam um maior número total de vítimas.
“Nós recebemos mais de 90 pacientes feridos e mais de 15 corpos, mas este número vai mudar porque ainda estamos recebendo mais pessoas aqui”, afirmou uma fonte do Médicos Sem Fronteiras para o canal Al Jazeera. O Hospital Provincial de Kunduz informa que pelo menos 35 corpos e mais de 50 feridos foram recebidos na instituição de saúde. De acordo com um oficial do Talibã entrevistado pela agência de notícias Reuters, pelo menos 28 pessoas morreram. Imagens que viralizaram nas redes sociais e ainda não tiveram veracidade checada pelas agências internacionais mostram os destroços ao lado de corpos dentro da mesquita. A maior suspeita é de que um ataque suicida tenha causado o incidente.
Esta não é a primeira vez que uma explosão em mesquita ocorre no país asiático desde a retomada do poder local pelo Talibã. Há menos de uma semana, no último domingo, 3, pelo menos dois civis que estavam no portão de uma mesquita em Cabul morreram e outros quatro ficaram feridos após um ataque. Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do atentado. As últimas ações terroristas registradas no Afeganistão foram clamadas pelo Estado Islâmico de Khorassan (Isis-K), um braço do EI tradicional que atua na região da Ásia Central. Eles também foram responsáveis pelo atentado suicida que matou mais de 180 pessoas, entre elas 13 soldados norte-americanos, nos muros do aeroporto de Cabul durante as operações de retirada dos EUA.
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