Fábrica da vacina de Oxford é evacuada após alerta de bomba
A instalação, capaz de produzir cerca de 300 milhões de doses do imunizante por ano, recebeu um ‘pacote suspeito’ na manhã de quarta-feira, 27
Uma das fábricas que está produzindo a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford foi parcialmente evacuada nesta quarta-feira, 27, após um alerta de bomba. Responsável por envasar e armazenar o imunizante, a Wockhardt UK fica em Wrexham, no País de Gales, e recebeu um “pacote suspeito” nesta manhã. Segundo o tabloide britânico Daily Express, um esquadrão antibombas foi enviado para o local. O primeiro-ministro do País de Gales, Mark Drakeford, utilizou o seu perfil oficial no Twitter para informar que a polícia local e os militares também já estão conduzindo uma investigação sobre o caso. A fábrica em Wrexham disse em comunicado que, apesar do incidente, pretende continuar cumprindo o seu cronograma de produção. O local recebeu a visita do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em novembro do ano passado, quando o líder afirmou que o laboratório poderia representar uma “salvação para a humanidade”, já que é capaz de produzir cerca de 300 milhões de doses da vacina por ano.
We are working with local police and the military to find out more about this incident. Thank you to the security personnel who are on-site to protect lives and ensure the safety of our vaccine supply. This highlights the vital role they play in keeping us all safe. Diolch. https://t.co/ToapAMj62j
— Mark Drakeford (@fmwales) January 27, 2021
O incidente na Wockhardt UK acontece em meio à tensões entre a Comissão Europeia, que está prestes a autorizar o uso da vacina de Oxford, e a AstraZeneca, que disse que entregaria menos doses iniciais do que o previsto à União Europeia. O bloco econômico apontou que a redução de doses era “considerável” e exigiu que a farmacêutica cumprisse o contrato firmado anteriormente, pedindo ainda que a empresa esclarecesse para onde foram enviadas as doses que já ficaram prontas. Por outro lado, o CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, alegou que os atrasos correspondem a um processo de produção com menos rendimento do que o esperado – e negou que o laboratório tenha vendido as doses destinadas à União Europeia para outros países. O representante da farmacêutica esclareceu ainda que o Reino Unido receberá as vacinas que adquiriu ainda no primeiro semestre deste ano porque assinou contrato três meses antes do que a Comissão Europeia.
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