Fábrica da vacina de Oxford é evacuada após alerta de bomba

A instalação, capaz de produzir cerca de 300 milhões de doses do imunizante por ano, recebeu um ‘pacote suspeito’ na manhã de quarta-feira, 27

  • Por Bárbara Ligero
  • 27/01/2021 13h36 - Atualizado em 27/01/2021 13h42
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EFE/EPA/DOMINIC LIPINSKI / POOL O local onde estão sendo produzidas algumas das doses do imunizante recebeu um "pacote suspeito" na manhã de quarta-feira, 27

Uma das fábricas que está produzindo a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford foi parcialmente evacuada nesta quarta-feira, 27, após um alerta de bomba. Responsável por envasar e armazenar o imunizante, a Wockhardt UK fica em Wrexham, no País de Gales, e recebeu um “pacote suspeito” nesta manhã. Segundo o tabloide britânico Daily Express, um esquadrão antibombas foi enviado para o local. O primeiro-ministro do País de Gales, Mark Drakeford, utilizou o seu perfil oficial no Twitter para informar que a polícia local e os militares também já estão conduzindo uma investigação sobre o caso. A fábrica em Wrexham disse em comunicado que, apesar do incidente, pretende continuar cumprindo o seu cronograma de produção. O local recebeu a visita do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em novembro do ano passado, quando o líder afirmou que o laboratório poderia representar uma “salvação para a humanidade”, já que é capaz de produzir cerca de 300 milhões de doses da vacina por ano.

O incidente na Wockhardt UK acontece em meio à tensões entre a Comissão Europeia, que está prestes a autorizar o uso da vacina de Oxford, e a AstraZeneca, que disse que entregaria menos doses iniciais do que o previsto à União Europeia. O bloco econômico apontou que a redução de doses era “considerável” e exigiu que a farmacêutica cumprisse o contrato firmado anteriormente, pedindo ainda que a empresa esclarecesse para onde foram enviadas as doses que já ficaram prontas. Por outro lado, o CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, alegou que os atrasos correspondem a um processo de produção com menos rendimento do que o esperado – e negou que o laboratório tenha vendido as doses destinadas à União Europeia para outros países. O representante da farmacêutica esclareceu ainda que o Reino Unido receberá as vacinas que adquiriu ainda no primeiro semestre deste ano porque assinou contrato três meses antes do que a Comissão Europeia.

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