FMI afirma que um terço dos países entrará em recessão no próximo ano

Kristalina Georgieva, diretora-gerente do órgão, ressaltou que todos os governos mundiais vão sentir os efeitos da crise internacional

  • Por Jovem Pan
  • 06/10/2022 17h30
EFE/Gian Ehrenzeller/Archivo Kristalina Georgieva Kristalina Georgieva é a atual diretora-geral do Fundo Monetário Internacional

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, fez um alerta aos países do mundo nesta quinta-feira, 6, ao afirmar que um terço deles entrarão em recessão no próximo ano. O diagnóstico baseia-se nos ‘choques’ causados pela invasão da Rússia à Ucrânia e à alta na inflacionários sobre as economias globais desenvolvidos. De acordo com Georgieva, até mesmo países que não estão afetados diretamente pelo conflito no leste europeu sofrerão as consequências. Uma das medidas defendida pela diretora é a manutenção das altas taxas de juros para que os Bancos Centrais ‘segurem’ a inflação. “Não aumentar o suficiente [as taxas de juros] faria com que a inflação se tornasse desancorada e entrincheirada, o que exigiria que os juros futuros fossem muito mais altos, causando grandes danos ao crescimento e às pessoas”, disse durante entrevista coletiva. Na visão de Kristalina, sucessivos aumentos dos juros pode fazer com que a recessão seja prolongada. Prática defendida por alguns países, o congelamento de preços, na opinião da diretora, “não é acessível nem eficaz” neste momento. A adoção da medida passou a ser cogitada por alguns governos europeus em decorrência do endividamento pelos preços das energias, como Reino Unido e a Alemanha.

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