Fortes chuvas na Itália deixam ao menos oito mortos e obrigam milhares de pessoas a deixarem suas casas

Cerca de 40 municípios foram inundados, estruturas destruídas, ferrovias interrompidas, estradas provinciais praticamente demolidas e uma ponte desabou, informou o ministro do Interior, Matteo Piantedosi

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2023 11h23 - Atualizado em 17/05/2023 11h35
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Alessandro SERRANO / AFP enchete na Itália Rua inundada depois que fortes chuvas causaram grandes inundações no centro da Itália, onde trens foram parados e escolas fechadas em muitas cidades, enquanto as pessoas foram convidadas a deixar o térreo de suas casas e evite sair

Às graves inundações que atingiram a Itália em decorrência das fortes chuvas na região, deixaram ao menos oito pessoas mortas e mais de 13.000 precisaram ser evacuados, sendo 3.000 em Bolonha, 5.000 em Faenza e 5.000 na área de Ravenna. Segundo as autoridades, os números tendem a aumentar. Localidades inteiras da região da Emilia-Romagna, no nordeste do país, foram atingidos. As enchentes deixaram cerca de 50 mil lares sem eletricidade, 100 mil pessoas com problemas em seus telefones celulares e outras 10 mil com problemas nas linhas fixas. O presidente regional, Stefano Bonaccini, garantiu ter sido “como um novo terremoto”, em referência ao que atingiu a área no final de 2012. “Nossos pensamentos vão para as oito vítimas e desaparecidos. Todas as condolências da região para eles e suas famílias”, disse Bonaccini em entrevista coletiva ao lado do ministro do Interior, Matteo Piantedosi. “Foi como um novo terremoto na véspera do catastrófico evento em Emilia-Romagna em 2012, cujo aniversário está prestes a acontecer. Cerca de 40 municípios foram inundados, estruturas destruídas, ferrovias interrompidas, estradas provinciais praticamente demolidas e uma ponte desabou”, descreveu o presidente regional. Na área, atuam 700 unidades do Corpo de Bombeiros, 300 policiais e mil carabineiros, além de 220 voluntários da Cruz Vermelha, 100 do Socorro Alpino e cerca de 340 da Proteção Civil.

Além disso, o Grande Prêmio de Fórmula 1 que seria disputado em Imola foi cancelado, notificou o vice primeiro-ministro do país, Matteo Salvini. “A decisão foi tomada porque não é possível realizar o evento com segurança para nossos fãs, equipes e nosso pessoal, e é a coisa certa e responsável a fazer, dada a situação enfrentada pelas cidades da região. Não seria correto colocar mais pressão sobre as autoridades locais e os serviços de emergência neste momento difícil”, diz o comunicado da Fórmula 1. O ministro de Proteção Civil, Nello Musumeci, informou que algumas áreas receberam metade da média de chuvas para um ano em apenas 36 horas, o que fez com que rios transbordassem. “Não se aproximem dos rios. Aqueles que moram em áreas próximas a cursos d’água devem se mudar para andares mais altos”, pediu Bonaccini, pelo Facebook. As inundações bloquearam as ligações rodoviárias e ferroviárias, fecharam escolar e as pessoas foram convidadas a deixar o térreo de suas casas e evite sair.

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