Fujimori diz que coração ‘não vai suportar’ se voltar à prisão

  • Por Jovem Pan
  • 05/10/2018 07h47
Reprodução/Facebook "Quero pedir ao presidente da República e aos membros do Poder Judiciário uma só coisa: por favor, não me matem, se eu voltar à prisão, meu coração não vai suportar, está fraco demais para voltar a passar pelo mesmo", declarou o ex-governante

O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori afirmou nesta quinta-feira que seu coração “não vai suportar” caso volte à prisão, motivo pelo qual pediu ao atual governante, Martín Vizcarra, e ao Poder Judiciário para que não o matem.

“Quero pedir ao presidente da República e aos membros do Poder Judiciário uma só coisa: por favor, não me matem, se eu voltar à prisão, meu coração não vai suportar, está fraco demais para voltar a passar pelo mesmo”, declarou o ex-governante em vídeo divulgado em sua conta oficial no Twitter.

Fujimori, cujo indulto foi cancelado na última quarta-feira por um juiz da Suprema Corte, permanece internado em uma clínica em Lima.

“Não me condenem à morte. Quero dizer às autoridades e aos políticos para que, por favor, não me usem como arma política porque já não tenho força para resistir”, afirmou Fujimori, que apareceu no vídeo deitado na cama da clínica na qual foi internado na sexta-feira.

Ontem, o juiz Hugo Núñez, do tribunal de investigação preparatória da Suprema Corte, anulou o indulto concedido em dezembro ao ano passado a Fujimori devido a irregularidades no processo e transgressão dos compromissos internacionais do Estado peruano em matéria de direitos humanos.

O juiz ordenou a captura de Fujimori para mandá-lo de volta à prisão da qual tinha saído, mas o ex-governante foi internado em uma clínica por aparentes problemas de saúde sentidos após receber a notícia.

O ministro do Interior, Mauro Medina, afirmou que a polícia está à espera da alta médica a Fujimori para cumprir a ordem de captura que foi emitida.

Fujimori foi condenado em 2009 a 25 anos de prisão como autor mediato (quando domina a vontade alheira) dos massacres de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), nos quais 25 pessoas foram mortas pelo grupo militar Colina, e dos sequestros de um empresário e um jornalista, todos considerados crimes contra humanidade.

*Com informações da Agência EFE.

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