‘Fundo misterioso’ bancou campanha de George Santos ao Congresso dos EUA

Documentos e relação de gastos indicam indícios de fraude do candidato eleito para o Congresso norte-americano; parlamentar e seus advogados se calam

  • Por Jovem Pan
  • 13/01/2023 15h06
WIN MCNAMEE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP George Santos George Santos publicou nas suas redes sociais que não renunciará ao seu mandato

Após se eleger para o Congresso dos Estados Unidos, o republicano George Santos, que enfrenta uma onda de pedidos de renúncia por parte de seus filiados sob a alegação de que foram enganados, enfrenta uma nova acusação. Parte dos recursos de sua campanha teria sido arrecadado através de ‘fundos misteriosos‘, sem que ficasse cristalino para onde iriam os dólares solicitados. Um grupo de “despesas independentes”, que apoiava a candidatura de Santos ao Congresso buscava ‘virar’ uma cadeira democrata no Legislativo, doou cerca de US$ 25 mil para o então candidato no dia 21 de outubro. O grupo misterioso já havia levantado US$ 800 mil e tentava conseguir mais US$ 700 mil para a tentativa de Santos se eleger, segundo reportagem do The New York Times. A Comissão Eleitoral Federal (FEC) afirmou não ter evidências de que o grupo que realizou o pedido de doação para George esteja registrada como grupo político, já que não há atividades no ramo para seus doadores e contribuidores. Questionados, Santos e seus advogados não responderam se o parlamentar eleito esteve diretamente envolvido nos esforços para as arrecadações. Já no Brasil, a Justiça segue nas buscas por George. O Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que, com o paradeiro de Santos identificado, vai solicitar ao Departamento de Justiça dos EUA que o notifique das acusações para que a investigação tenha continuidade, acrescentando que o caso estava parado porque o acusado não era localizado para prestar esclarecimentos. O norte-americano, filho de brasileiros, é acusado de fraude por ter utilizado em 2008, quando estava prestes a completar 20 anos, um talão de cheque roubado e um nome falso para realizar comprar em uma loja em Niterói. Santos chegou a confessar o crime durante o envio de uma mensagem ao proprietário da loja na extinta rede social Orkut.

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