G7 pede à China que ‘pressione’ Rússia pelo fim da guerra na Ucrânia; Pequim declara ‘forte descontentamento’ 

Em comunicado conjunto, líderes também reiteram apoio ao plano de paz apresentado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky; governo chinês vê ataque e presta queixa oficial

  • Por Jovem Pan
  • 20/05/2023 15h40
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Dmitry LOVETSKY / POOL / AFP xi jinping e putin Nesta foto de arquivo tirada em 6 de junho de 2019, o presidente da Rússia, Vladimir Putin (à esquerda), e o presidente da China, Xi Jinping, participam de uma cerimônia de entrega a Xi com um diploma da Universidade Estadual de São Petersburgo nos bastidores do St. Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo em São Petersburgo

Os líderes dos países que compõem o G7 – Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá – pediram nestes sábado, 20, que o governo chinês “pressione” a Rússia para que as tropas deixem “de imediato” a Ucrânia e acabem com a guerra no Leste Europeu. “Pedimos à China que pressione a Rússia para que pare sua agressão militar e retire imediatamente, completa e incondicionalmente suas tropas da Ucrânia”, disseram os líderes em comunicado final. O grupo, que está reunido na cidade de Hiroshima, no Japão, também reiterou apoio ao plano de paz apresentado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e “encorajou” a China a apoiar uma paz “completa, justa e duradoura” na Ucrânia baseada na integridade territorial e nos princípios contidos na carta fundadora da ONU.

Em resposta ao comunicado conjunto, a China manifestou seu “forte descontentamento” e apresentou uma queixa oficial ao Japão e aos envolvidos. “O G7 está obstinado em manipular as questões relacionadas com a China. Desacredita e ataca a China”, lamentou um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês. “A China manifesta seu forte descontentamento e sua firme oposição, e apresentou uma queixa oficial ao Japão, país que recebe a cúpula, e às outras partes envolvidas. “O G7 apregoa que quer avançar para um mundo pacífico, estável e próspero. Mas, na realidade, cria obstáculos para a paz mundial, prejudica a estabilidade regional e inibe o desenvolvimento de outros países”, acrescentou.

Membros as sete economias mais industrializadas do mundo anunciaram uma nova rodada de sanções na sexta-feira, 19, contra a Rússia, em razão da guerra na Ucrânia. As novas restrições foram detalhadas enquanto os países membros da União Europeia preparam um novo pacote de sanções coordenadas, e o Japão planeja anunciar medidas semelhantes em um futuro próximo. Como o site da Jovem Pan mostrou, a cúpula do G7 começou na sexta e termina neste domingo, 21, na cidade japonesa de Hiroshima, com a presença dos dirigentes desses países, e de outros convidados, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que discursou em evento defendendo uma reforma no Conselho de Segurança.

*Com EFE e Agence France-Presse

 

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