Gaza: Escola da ONU é atingida por míssil israelense em resposta a balões incendiários

O bombardeio de retaliação foi o terceiro registrado na região nesta semana; até o momento, não há casos de feridos ou mortos pelos ataques

  • Por Jovem Pan
  • 13/08/2020 11h00 - Atualizado em 13/08/2020 11h01
EFE/MOHAMMED SABER Os estudantes retornaram no sábado à escola após meses, devido restrições impostas para conter a pandemia do coronavírus

Um míssil lançado por Israel atingiu uma escola da ONU em Gaza nesta quinta-feira, 12. A informação é da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA). “No momento, parece que a escola da UNRWA no Campo Praia foi atingida por um bombardeio israelense. Aparentemente, o dispositivo não explodiu”, apontou a agência em comunicado. “As crianças não foram autorizadas a entrar na escola e ela está fechada. Estamos aguardando um relatório adequado sobre a natureza dos danos e do material bélico não detonado. Quando tivermos os fatos devidamente estabelecidos, consideraremos os próximos passos a serem dados, incluindo a notificação das partes relevantes e suas responsabilidades”, completa o texto. Um porta-voz do Exército de Israel disse, à Agência Efe, que estava investigando o incidente para obter mais detalhes.

O incidente ocorre poucos dias após a volta às aulas para mais de 550 mil alunos de Gaza. Os estudantes retornaram no sábado à escola após meses, devido restrições impostas para conter a pandemia do coronavírus. Na semana passada, a tensão entre Gaza e Israel aumentou, por causa do lançamento contínuo de balões incendiários e explosivos da Faixa, provocando incêndios em comunidades israelenses adjacentes ao enclave. Essas ações foram respondidas com ataques a posições militares do Hamas, que controla Gaza desde 2007, quando os israelenses impuseram um bloqueio à região que dura até o momento. Na manhã desta quinta, o bombardeio de retaliação foi o terceiro registrado em Gaza nesta semana. Até o momento, nenhum causou feridos ou mortes, mas significaram uma nova escalada de tensão que acabou com a relativa calma dos últimos meses.

*Com informações da EFE

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