Gaza pode ‘preparar certidões de óbito’ se ajuda humanitária não chegar, alerta OMS

Chefe regional da organização alertou que região enfrenta uma iminente catástrofe e possui água, eletricidade e combustível suficientes para suprir necessidades apenas por mais 24 horas

  • Por Jovem Pan
  • 16/10/2023 13h20 - Atualizado em 16/10/2023 16h23
MOHAMMED FAEQ / AFP Faixa de Gaza Homem reage ao observar socorristas e civis removendo os escombros de uma casa destruída após um ataque israelense à cidade de Deir Al-Balah

Chefe regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ahmed Al Mandhari, alertou nesta segunda-feira, 16, que a Faixa de Gaza enfrenta uma iminente catástrofe e possui água, eletricidade e combustível suficientes para suprir necessidades apenas por mais 24 horas. O médico afirmou que, se não houver ajuda humanitária, a região pode “preparar as certidões de óbito”. A ausência de um acordo entre Israel e Egito para a entrada do material tem bloqueado a chegada de ajuda humanitária e médica no Sinai egípcio, na fronteira com a Faixa de Gaza. No décimo dia de bombardeios israelenses, os 2,4 milhões de habitantes da região enfrentam uma “verdadeira catástrofe”, segundo Mandhari. Ele também afirmou que todos estão “sobrecarregados” com aproximadamente 2.750 mortos e quase 10 mil feridos, segundo as autoridades locais.

De norte a sul, “as reservas médicas estão praticamente vazias, ao ponto de que os profissionais de saúde podem começar a preparar as certidões de óbito dos pacientes”, afirmou o dirigente. A Organização das Nações Unidas (ONU) já havia declarado que o território palestino estaria “inabitável em 2020”, sobretudo pelo bloqueio israelense há mais de 15 anos. Atualmente, este obstáculo se tornou um “cerco total” em resposta ao sangrento ataque do grupo islamita palestino Hamas, em 7 de outubro, ao sul de Israel, que desde então bombardeia a Faixa de Gaza de forma incessante.

*Com informações da agência AFP

 

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