Governo Biden critica China por sancionar ex-funcionários de Trump

A reação é mais um sinal de que a nova administração norte-americana não planeja suavizar demais a política em relação à Xi Jinping

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2021 18h09
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EFE/Stephane Mahe EFE/Stephane Mahe Logo após a posse de Biden, o governo de Xi Jinping anunciou sanções contra ex-funcionários de Trump

O governo do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou nesta sexta-feira, 22, a decisão da China de impor sanções aos ex-funcionários de Donald Trump. Logo após a posse do democrata, o Ministério das Relações Exteriores da China acusou o ex-secretário de Estado Mike Pompeo e outras 27 pessoas que trabalhavam para o ex-presidente de serem “políticos anti-China, motivados pelo interesse próprio, preconceito e ódio”. Sob essa justificativa, os sancionados foram proibidos de entrar na China, Hong Kong ou Macau. Além disso, todas as empresas que estiverem relacionadas a esses norte-americanos não poderão fazer negócios com o país asiático.

A atual porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que o fato da China ter feito esse anúncio logo após a posse de Joe Biden sinaliza uma “tentativa de aprofundar a divisão partidária” que existe nos Estados Unidos. “Os americanos dos dois partidos devem criticar esse movimento cínico e improdutivo, e o presidente Biden trabalhará com ambos para posicionar os americanos para vencer a competição com a China”, acrescentou. A reação do governo Biden é mais um sinal de que a nova administração americana não planeja suavizar demais a política em relação à China, cujo relacionamento com os Estados Unidos se deteriorou rapidamente desde março de 2018, quando Trump abriu uma guerra comercial contra Xi Jinping.

Durante o governo de Donald Trump, os Estados Unidos também deixaram de integrar o Tratado Transpacífico (TPP), o que permitiu que a China avançasse em sua campanha para expandir a influência nos mercados emergentes. Isso levou alguns setores norte-americanos a cobrarem de Joe Biden a reintegração ao acordo. A porta-voz da Casa Branca, no entanto, deu a entender que Biden não tem pressa para negociar uma reentrada nesse acordo comercial, agora assinado por 11 países diferentes do Pacífico. “O presidente Biden sabe que o TPP não era perfeito e acredita que temos que torná-lo mais forte e melhor”, disse. Ela acrescentou, ainda, que o presidente americano agora tem outras prioridades sobre a mesa, como a pandemia e a revitalização econômica em seu país.

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