Governo peruano suspende toque de recolher ‘ilegal’ de Pedro Castillo

Medida deveria ter entrado em vigor por volta das 22 horas da quarta, mas foi cancelada após a destituição e prisão do ex-líder

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2022 05h30 - Atualizado em 08/12/2022 05h32
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EFE/EPA/JACK TAYLOR / POOL Dina Boluarte, vice-presidente do Peru no governo de Pedro Castillo Dina Boluarte, nova presidente do Peru, assume o comando do país após destituição de Pedro Castillo

O gabinete presidencial do Peru, agora chefiado pela nova chefe de Estado, a advogada Dina Boluarte, suspendeu nesta quarta-feira, 7, o toque de recolher obrigatório que havia sido decretado ilegalmente pelo presidente deposto Pedro Castillo horas antes, quando anunciou a dissolução do Parlamento que terminou por destitui-lo. “Restaurada a ordem constitucional, o toque recolher obrigatório ilegalmente decretado não tem efeito, o Peru não pode parar”, escreveu o gabinete da presidência no Twitter. Desta forma, a medida que Castillo tinha anunciado pela manhã e que inicialmente deveria entrar em vigor a partir das 22h [meia-noite em Brasília] foi suspensa em todo o país. Castillo ordenou o toque de recolher obrigatório durante uma breve e surpreendente mensagem à nação, na qual anunciou a sua decisão de dissolver temporariamente o Parlamento e estabelecer um governo de “emergência excepcional”. O agora ex-presidente disse também que convocaria “o mais rapidamente possível eleições para um novo Congresso com poderes constituintes para elaborar uma nova Constituição em um período não superior a nove meses”. No entanto, as Forças Armadas e a Polícia Nacional não o apoiaram e o Parlamento ignorou a decisão.

O pronunciamento de Castillo originou uma cascata de demissões no governo e levou o Congresso a antecipar a votação sobre o pedido de impeachment presidencial, que foi aprovado pelos votos favoráveis de 101 membros do Parlamento peruano. Após a destituição de Castillo, a vice-presidente, Dina Boluarte, assumiu o poder e se tornou a primeira mulher a assumir a posição. A nova presidente não pertence a nenhum partido político e disse que governará até 2026, quando o mandato de Castillo estava marcado para terminar. Castillo tomou posse em julho de 2021.

*Com informações da EFE

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