Governo Trump estende sanções financeiras à esposa de Moraes

Viviane Barci é sócia em escritório de advocacia e cofundadora, com os filhos, do Lex Instituto de Estudos Jurídicos, criado pelo ministro em 2000

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2025 11h28 - Atualizado em 22/09/2025 11h50
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HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO Ministro do STF Alexandre de Moraes, ao lado da esposa Viviane Barci, quando chegou para sabatina no Senado que assegurou seu cargo Viviane Barci, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (22) a inclusão de Viviane Barci, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnitsky, medida que já atingia o próprio magistrado. Segundo o Departamento de Estado, a decisão amplia o escopo das restrições impostas a familiares de autoridades acusadas de violações graves de direitos humanos. Na prática, as sanções bloqueiam ativos em solo norte-americano, restringem transações financeiras e proíbem a entrada no país dos indivíduos listados.

A inclusão de Viviane Barci ocorre em meio ao acirramento das tensões diplomáticas entre Brasília e Washington, após críticas da administração Trump à condução de inquéritos no Brasil envolvendo a condenação do ex-presidente Bolsonaro e de generais por uma tentativa de golpe em 2022. A sanção foi ampliada para incluir Viviane após articulação de aliados de Bolsonaro que apontaram como peça-chave no braço financeiro da família. Viviane é sócia em escritório de advocacia e cofundadora, com os filhos, do Lex Instituto de Estudos Jurídicos, criado pelo ministro em 2000.

A medida foi anunciada durante a passagem do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos Estados Unidos, o que gera um constrangimento para o petista. Lula chegou a Nova York nesta segunda-feira (22) para participar da Assembleia-Geral da ONU, onde discursará na abertura da reunião, seguindo a tradição brasileira de iniciar a cerimônia.

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O que é a Lei Magnitsky

A chamada Lei Global Magnitsky foi aprovada nos Estados Unidos em 2016 e permite que o governo aplique sanções financeiras e restrições de visto a cidadãos estrangeiros considerados responsáveis por corrupção significativa ou por violações de direitos humanos. A legislação foi nomeada em referência a Sergei Magnitsky, advogado russo que morreu em 2009 em uma prisão de Moscou após denunciar um esquema de corrupção envolvendo autoridades do governo russo. Desde então, a lei se tornou um instrumento central da política externa norte-americana, sendo usada em diversos casos pelo mundo para pressionar governos e indivíduos acusados de abusos ou irregularidades.

 

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