Grupo de Lima aceita governo interino da Venezuela como membro

  • Por Jovem Pan
  • 04/02/2019 21h47
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EFE Chanceler brasileiro, Ernesto Araújo participou do encontro do Grupo de Lima

O Grupo de Lima aceitou o ingresso do governo interino da Venezuela, conduzido pelo líder oposicionista e presidente do parlamento local, Juan Guaidó. Nesta segunda-feira (4), chanceleres de 11 países reunidos no Canadá pediram que a comunidade internacional impeça o ditador Nicolás Maduro de fazer transações financeiras e comerciais no exterior.

Os representantes das noções, entre elas o Brasil, difundiram uma declaração ainda com outros 16 pontos, entre eles uma recomendação para impedir Maduro de ter acesso a ativos internacionais da Venezuela e realizar operações com petróleo e ouro. O documento adverte que iniciativas internacionais devem buscar transição pacífica de poder.

Ajuda humanitária

Guaidó afirmou que realizará uma conferência internacional para solicitar ajuda humanitária emergencialmente. Recentemente designado como embaixador em Washington, nos Estados Unidos, Carlo Vecchio afirmou na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA) que  governos, sociedade e setor privador vão poder participar do evento, em 14 de fevereiro.

Dezenas de países, inclusive EUA e Brasil, reconheceram Guaidó como presidente interino. Entretanto, outros, como China, Rússia e Turquia, continuam a apoiar o Maduro, que exerce o poder. Hoje, Polônia e Croácia se uniram a ao menos outras 14 nações da União Europeia ao reconhecer o líder oposicionista como governante interino.

Crise venezuelana

Ao menos 3 milhões de venezuelanos fugiram do país, diante da grave crise econômica e social, com falta de alimentos e medicamentos. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, afirmou nesta segunda que tem mantido contato com partidários dos dois grupos na Venezuela para lidar com a crise.

Contudo, ficou decidido que a ONU não participará de nenhuma das duas linhas que estão se confrontando no país latino. Em conversa com repórteres, Guterres disse que tomou a decisão “a fim de manter a credibilidade em relação a nossa oferta contínua de bons ofícios para que as partes possam encontrar uma solução política”.

Também nesta segunda, Maduro criticou a decisão de nações europeias de reconhecer Guaidó como líder legítimo da Venezuela. Ele implicou especialmente com o premiê Pedro Sánchez, socialista espanhol. Maduro afirmou a Sánchez que “suas mãos ficarão manchadas de sangue para sempre”, caso haja um golpe contra ele.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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