Guedes defende abertura econômica e pede investimentos para o Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2019 09h20
Agência Brasil O ministro da Economia, Paulo Guedes, fala durante cerimônia de Assinatura de Atos na Câmara de Comércio dos EUA.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (18), em Washington, que o Brasil está em busca de parcerias econômicas e que abrirá seu mercado para investimentos externos. “Vocês podem ir lá ajudar a financiar nossas rodovias, ir atrás de concessões de petróleo e gás. Daqui a três, quatro meses, vamos vender o pré-sal. Todos vão estar lá: chineses, americanos, noruegueses”, afirmou.

O discurso foi feito durante o evento Brazil Day, organizado pelo conselho empresarial Brasil e Estados Unidos. Guedes acompanha o presidente Jair Bolsonaro, que está em visita oficial aos país norte-americano.

Citando a forte presença chinesa na economia nacional, atualmente o maior comprador de produtos brasileiros, Guedes disse que o país carece de infraestrutura e espera por ampliação de negócios com seus parceiros tradicionais. “Com problemas seríssimos em infraestrutura, os chinenes querendo entrar, temos minerais, terra arável, então, claro, eles querendo entrar e nós olhando para os nossos parceiros”, acrescentou.

Fazendo um balanço da política econômica brasileira das últimas décadas, Guedes afirmou que o crescimento “descontrolado” dos gastos públicos durante 40 anos “produziu a sequência de crises na taxa de cambio, inflação altíssima e, mais recentemente, o que podemos chamar de bola de neve do endividamento”. Segundo ele, o Brasil “constrói uma Europa a cada ano”, ao pagar a dívida de mais de US$ 100 bilhões anuais.

O dinheiro se refere ao Plano Marshall, que foi um projeto de investimento dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial.

Reforma da Previdência

O ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou no encontro que o governo enviou ao Congresso Nacional, em menos de 60 dias de gestão, o projeto de reforma da Previdência. Segundo ele, é preciso reconhecer que a Previdência “tem um princípio de não deixar ninguém para trás”. “Mas não pode ser uma fábrica de privilégios”, argumentou.

Guedes defendeu também a privatização de empresas estatais e ativos públicos como uma forma de reduzir a dívida acumulada de R$ 4,3 trilhões. “Não só as empresas estatais não estão funcionando com eficiência, mas prejudicando o crescimento de investimento privados. os investimentos públicos em colapso, por causa de seu próprio peso no orçamento”, afirmou ele.

O ministro elogiou, ainda, o presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, “nossa democracia nunca esteve sob perigo”.”O presidente tem 30 anos de experiência no Congresso Nacional e se recusa a jogar o jogo que contaminou nossa política. Em vez da política de varejo, comprando apoio político, usando estatais, agora não, presidente eleito faz uma aliança entre conservadores e liberais. É uma aliança com princípios e valores, não é sobre dinheiro”, afirmou.

*Com informações da Agência Brasil

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