Imunidade da vacina da Pfizer passa a diminuir no terceiro mês após segunda dose, diz estudo
Isso não significa que o imunizante não continue a proteger contra manifestações graves e óbitos causados pela doença; análise observou nível de anticorpos ao longo de seis meses
Um estudo feito por médicos do Sheba Medical Center, maior hospital de Israel, em parceria com o instituto de pesquisa Gertner, descobriu que a imunidade oferecida pelas vacinas da Pfizer contra a Covid-19 diminuem após os dois primeiros meses da aplicação da segunda dose, o que não significa, porém, que ela não continue a proteger contra manifestações graves e óbitos causados pela doença. Ao todo, 4,8 mil trabalhadores da saúde do país foram acompanhados por meio ano e submetidos a testes IgG/IgM mensalmente para detectar a quantidade de anticorpos contra o vírus. A análise final dos dados, publicada no New England Journal of Medicine, que detectou que o nível de anticorpos IgG – que ficam na “linha de frente” do sistema imunológico contra a doença – caiu “rapidamente” a partir do segundo mês após a imunização, mostrando uma diminuição “relativamente lenta” depois disso, especialmente entre homens, pessoas a partir dos 65 anos de idade e imunossuprimidos.
“A vacina induz o aumento do IgG e a resposta neutralizante de anticorpos entre 7 e 14 dias após aplicação da segunda dose. Menores níveis de anticorpos foram desenvolvidos em pessoas mais velhas, homens e pessoas com condições imunossupressoras, o que sugere que a concentração de anticorpos nessas populações diminuem antes do que em outras populações”, afirma trecho da pesquisa. De acordo com a análise, uma diminuição dos anticorpos foi percebida entre o pico de imunização, que ocorre entre 21 e 40 dias após a segunda dose, e o 84º dia após o ciclo vacinal ser finalizado.
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