Indonésia diz que CoronaVac teve 65,3% de eficácia contra Covid-19 e libera uso emergencial

Imunizante foi testado também no Brasil e na Turquia; respectivamente, eficácia apresentada foi de 78% e 91,2%

  • Por Jovem Pan
  • 11/01/2021 08h03
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GOVESP/Divulgação/28.10.2020 Caixa branca, laranja e verde sendo segurada por uma mão No Brasil, a CoronaVac é produzida em parceria com o Instituto Butantan e foi testada em quase 13 mil voluntários

A Indonésia aprovou, nesta segunda-feira, 11, o uso emergencial da CoronaVac após o laboratório Sinovac anunciar uma taxa de eficácia de 65,3% contra o coronavírus no país. De acordo com autoridades de Saúde locais, os resultados atendem ao requisitos da Organização Mundial da Saúde — que é de 50%. O imunizante foi testado também no Brasil e, por aqui, a eficácia foi de 78% em casos leves e de 100% em casos graves e internações. Na Turquia, nação que também testou a CoronaVac, a eficácia foi de 91,2%.

A fase 3 dos testes clínicos na Indonésia contaram com 1.620 voluntários. O país asiático é um dos mais afetados pela pandemia, com 836.718 casos confirmados e 24.343 óbitos. Até agora, 125 milhões de doses da CoronaVac foram compradas — mas apenas três milhões foram entregues. As expectativas são de que a imunização com essa vacina seja iniciada na quarta-feira, dia 13, conforme o ministro da Saúde local anunciou na última semana. O presidente da Indonésia, Joko Widodo, deve ser o primeiro a receber a dose.

Outros países

No Brasil, a CoronaVac é produzida em parceria com o Instituto Butantan e foi testada em quase 13 mil voluntários. Os documentos foram entregues para avaliação da Anvisa, visando a aprovação para uso emergencial, na última sexta-feira, 8. No sábado, 9, a agência reguladora afirmou que dados ainda estavam faltando. O Instituto disse, no domingo, 10, que já estava providenciando os papéis. As últimas atualizações, às 00h11 desta noite, indicam que 38% da documentação já foi analisada; 48,36% está pendente de complementação; 8,1% está em análise; e 5,47% não foram apresentados.

A Anvisa analisa também, além da vacina do Butantan, os dados do imunizando da Universidade de Oxford/AstraZeneca. Dados da vacina da Pfizer/BioNTech e da Janssen já começaram a ser enviados, mas os laboratórios ainda não solicitaram o uso emergencial no Brasil. Na Turquia, o resultados da CoronaVac foram obtidos após análise de 7.371 voluntários. Essa diferença dos dados foi motivo do adiamento da divulgação dos resultados da vacina no Brasil — programada inicialmente para o dia 23 de dezembro. Ela só aconteceu no último dia 7 de janeiro. A Sinovac tenta entender o que motivou essa diferença entre a eficácia nos países.

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