Irã coloca tropas dos EUA em lista de grupos terroristas

O parlamento do Irã colocou, nesta terça-feira, 23, o Comando Central dos Estados Unidos, o CENTCOM, encarregado das operações militares no Oriente Médio, na lista de grupos terroristas. A medida foi uma resposta a Washington, que designou, no último dia 8, a Guarda Revolucionária Iraniana, um braço das forças armadas e organização militar mais poderosa do Irã, um grupo terrorista.
O projeto diz que o CENTCOM e todas as suas forças, organizações e entidades associadas foram declaradas terroristas, e qualquer colaboração com esses efetivos será considerada um ato terrorista.
Os Estados Unidos disseram que a aprovação do projeto é “uma violação do direito internacional e debilitará a segurança e a paz da região da Ásia Ocidental”.
O movimento do parlamento iraniano aconteceu depois que o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã designou em 8 de abril o CENTCOM como grupo terrorista e considerou os EUA como um país patrocinador do terrorismo.
No mesmo dia, o presidente americano, Donald Trump, declarou a Guarda Revolucionária como grupo terrorista, alegando que a mesma “participa, financia e promove o terrorismo como uma ferramenta estatal”.
Esta foi a primeira vez que os EUA adotaram uma decisão tão drástica contra militares de outro país.
Os Guardiões da Revolução enviaram nos últimos anos assessores militares à Síria e ao Iraque para ajudá-los na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), e apoiam diversas milícias xiitas como o grupo libanês Hezbollah.
A corporação de elite recebeu o apoio de diversos órgãos de poder político e militar no Irã e ameaçou os EUA com “uma lição inesquecível” caso seja atacada.
A Guarda Revolucionária foi criada depois do triunfo da Revolução Islâmica de 1979 para proteger o sistema teocrático xiita. A corporação é a organização militar mais poderosa do Irã e controla amplos setores econômicos do país.
*Com EFE
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