Irã executa ativista e jornalista por incitar protestos contra o governo

O iraniano Ruhollah Zam foi enforcado após ter sido acusado de obter informações sigilosas do regime teocrático e publicar imagens das manifestações de 2017

  • Por Jovem Pan
  • 12/12/2020 12h27
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EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH O Irã é a única teocracia do mundo moderno, onde o chefe de governo está submetido ao aiatólá

O ativista e jornalista Ruhollah Zam foi enforcado neste sábado, 12, por incitar os protestos contra o regime que ocorreram no final de 2017 no Irã. O Gabinete da Procuradoria-Geral e Revolucionária de Teerã informou que o homem foi condenado à morte com 13 acusações diferentes. Entre elas estaria a chamada “corrupção na terra”, uma das mais graves acusações do país que geralmente engloba homicídio, terrorismo ou ataques contra o Estado. Zam possuía um canal no Telegram intitulado “Amadnews”, onde publicava informações e imagens das tais manifestações contra a fome. O canal foi bloqueado pelo Irã, que justificou que ele incitava a violência e poderia ser uma “ferramenta nas mãos de serviços de espionagem estrangeiros”.

Ruhollah Zam viveu vários anos exilado na França, mas foi preso em 2019 pelo serviço de inteligência do Corpo de Guardiões da Revolução Iraniana depois de cair em uma “armadilha”. Segundo o Irã, ele teria aproveitado o fato de ser filho do clérigo Muhammad Ali Zam para abordar descendentes de altos funcionários do país e obter informações sigilosas sobre o regime teocrático. Os protestos de 2017 deixaram 20 pessoas mortas, além de outras milhares presas.

*Com informações da EFE

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