Irã proíbe importação de vacinas contra Covid-19 dos EUA e do Reino Unido

O país do Oriente Médio está trabalhando no desenvolvimento de seu próprio imunizante para a Covid-19, batizado de COV Iran Barkat, ainda na primeira fase de testes clínicos

  • Por Jovem Pan
  • 08/01/2021 13h50 - Atualizado em 08/01/2021 13h53
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EFE/EPA/SUPREME LEADER OFFICE HANDOUT Ali Khamenei fez comentários elogiosos à vacina COV Iran Barkat que está sendo desenvolvida por uma farmacêutica do país

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou que a “importação de vacinas americanas e britânicas contra a Covid-19 está proibida” no país. A declaração foi feita nesta sexta-feira, 8, quando o líder se referiu ao recorde de mortes pelo novo coronavírus nos Estados Unidos e a descoberta de uma nova cepa do Sars-Cov-2 no Reino Unido. “Se a fábrica da Pfizer pode produzir qualquer vacina, eles devem consumi-la primeiro eles próprios para que em 24 horas não tenham 4 mil mortes. O mesmo vale para o Reino Unido”, afirmou Khamenei. Apesar dessa justificativa, a medida tem caráter principalmente político, visto que os dois países mantêm relações conflituosas com o Irã.

No mês passado, o Ministério da Saúde do Irã informou que as primeiras vacinas contra a Covid-19 que chegariam ao país seriam por meio de compras diretas de um país estrangeiro que, após o veto de Khamenei, poderiam ser da Rússia ou China, além da cota do programa Covax. Enquanto isso, o Irã deu início em 29 de dezembro à primeira fase do ensaio clínico de seu próprio imunizante, avanço que foi classificado como “um orgulho e uma honra” pelo líder supremo. A vacina, batizada de COV Iran Barkat e produzida pela farmacêutica Shifa Pharmed, é injetada em duas doses, a segunda 14 dias após a primeira, e está sendo produzida em parceria com Cuba.

*Com informações da EFE

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