Israel confirma morte de homem dado como refém do Hamas e toma medidas duras contra a Turquia

Israelenses e o grupo islâmico Hamas negociam uma nova tentativa de trégua que incluiu a libertação dos sequestrados e soltura de prisioneiros palestinos

  • 03/05/2024 18h21
  • BlueSky
Marco LONGARI / AFP refem Jovem segura um retrato de Elyakim Libman como parente e apoiador dos reféns israelenses mantidos em Gaza desde os ataques de 7 de outubro pelo Hamas

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta sexta-feira (3) que Elyakim Libman, que inicialmente tinha sido listado como uma das pessoas sequestradas pelo Hamas na Faixa de Gaza, está de fato morto desde o ataque do grupo palestino contra Israel em 7 de outubro do ano passado, que matou cerca de 1,2 mil pessoas. “Essa determinação foi baseada em evidências de campo, após uma investigação completa e complexa conduzida pelas FDI, pela Polícia de Israel e pelo Instituto Nacional de Medicina Legal”, diz o comunicado, que não dá muitos detalhes, apenas informam que seu corpo foi encontrado em território israelense.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Até o momento, acredita-se que cerca de 133 pessoas estejam em poder do Hamas e de outras facções palestinas na Faixa de Gaza, das quais não se sabe quantas permanecem vivas após 210 dias de tomada de reféns e em meio a uma ofensiva israelense implacável que já matou mais de 34,6 mil pessoas. Israel e Hamas estão atualmente negociando uma nova tentativa de trégua que inclui, entre outras coisas, a libertação de cerca de 30 reféns em troca da soltura de prisioneiros palestinos.

Também nesta sexta, após a Turqui informar na quinta que iria suspender os laços comerciais com Israel e a Colômbia ratificar o fim das relações diplomáticas, o Ministério das Relações Exteriores de Israel avisou que reduzirá todas as relações econômicas entre Turquia, Faixa de Gaza e Autoridade Nacional Palestina (ANP) em represália à decisão do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de fechar as portas ao comércio com Israel. “Erdogan, o ditador que sonha em ser um sultão, trabalha a serviço do Hamas, viola acordos e quer prejudicar Israel, mas na realidade prejudica os palestinos que ele finge ajudar”, diz um comunicado do Ministério israelense.

Além de tomar medidas para cortar as relações econômicas e comerciais com os territórios palestinos, Israel solicitará aos fóruns econômicos internacionais que considerem sanções contra a Turquia por violar acordos comerciais. “Não cederemos às chantagens e ameaças de Erdogan. A economia israelense é mais forte do que um ditador como Erdogan, que viola acordos e trabalha a serviço do Hamas”, insistiu no comunicado o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz. O líder turco explicou nesta sexta a razão de ter tomado essa decisão. “Infelizmente, Netanyahu reagiu cruelmente contra crianças, mulheres e idosos. Eles não podem fazer nada. Todo o Ocidente trabalha com Israel. Diante disso, não aguentamos mais e tomamos medidas”, disse Erdogan.

Israel foi o décimo maior país cliente da Turquia em 2022, importando quase US$ 7 bilhões em mercadorias turcas, principalmente nos setores de metais, aço, cimento, automotivo e eletrônico, e exportando cerca de US$ 2,4 bilhões em mercadorias. Israel e Turquia romperam relações diplomáticas em outubro do ano passado e retiraram seus embaixadores, mas o comércio continuou ininterrupto e até aumentou, de acordo com a Associação de Exportadores Turcos (TIM).

*Com informações da EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.