Israel fecha passagem com Gaza após ataque do Hamas

Agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) avisou hoje que nenhuma ajuda estava entrando no enclave

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2024 17h50
EFE/EPA/ABIR SULTAN passagem Kerem Shalom Um soldado israelense e um paramédico ao lado de uma ambulância perto da passagem de Kerem Shalom, na fronteira com a Faixa de Gaza

O Exército de Israel voltou a fechar a passagem de Kerem Shalom, no sul da Faixa de Gaza, após um suposto novo ataque do Hamas, limitando ainda mais a entrada de ajuda humanitária ao devastado enclave palestino. “Hoje o Hamas atacou Kerem Shalom, pela terceira vez esta semana”, disse um porta-voz militar, insistindo que Israel quer que a ajuda entre no enclave. A passagem, um dos dois pontos no sul de Gaza, foi fechada pelo exército após um ataque com foguetes do Hamas contra uma base militar próxima no último domingo, segundo o grupo islâmico, no qual quatro soldados foram mortos. A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) avisou hoje que nenhuma ajuda estava entrando em Gaza, apesar do anúncio das autoridades israelenses de que esta manhã reabriram Kerem Shalom e estavam inspecionando caminhões de ajuda.

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Jonathan Fowler, porta-voz da UNRWA, confirmou hoje à EFE que nenhuma ajuda foi distribuída durante todo o dia na Faixa de Gaza, apesar do Exército ter dito que Kerem Shalom estava aberto à ajuda humanitária. Israel costuma contabilizar todos os veículos que chegam aos postos militares para serem fiscalizados como entradas para caminhões com ajuda humanitária, sem que isso signifique que os veículos em questão tenham sido distribuídos. “Nenhum combustível ou ajuda entrou na Faixa de Gaza e isto é desastroso para a resposta humanitária”, disse hoje Fowler.

A passagem de Rafah, no extremo sul da Faixa, também está fechada após o Exército israelense ter tomado como parte de uma operação militar no leste da cidade, na qual dezenas de pessoas morreram após dois dias de intensos bombardeios. O fechamento das duas passagens leva as dezenas de milhares de palestinos deslocados na área a uma catástrofe humanitária ainda maior, como advertiram muitas organizações internacionais nos últimos dias.

*Com informações da EFE

 

 

 

 

 

 

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