Israel invade hospital na Cisjordânia ocupada e mata membros do Hamas e da Jihad Islâmica

Operação durou menos de 10 minutos e teve como alvo Mohamed Jalamneh; soldados se vestiram de médicos para entrar no local

  • Por Caroline Hardt
  • 30/01/2024 09h03 - Atualizado em 30/01/2024 09h07
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EFE/EPA/ALAA BADARNEH Cisjordania Pessoas carregam os corpos de três palestinos durante seu funeral após uma operação realizada pelas forças israelenses dentro do Hospital Ibn Sina

O Exército de Israel invadiu nesta terça-feira, 30, o hospital Ibn Sina em Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, e matou a tiros três milicianos palestinos. Entre os mortos está Mohamed Jalamneh, de 27 anos, membro de alto escalão do Hamas. Segundo os israelenses, também foram mortos outros dois membros da Jihad Islâmica, os irmãos Mohamed e Basel Ghazawi. A operação durou menos de 10 minutos e teve como alvo Jalamneh. Para entrar no local, soldados se vestiram de médicos, enfermeiros e mulheres palestinas, dirigiram-se ao terceiro andar onde estavam os milicianos e mataram os três enquanto dormiam com pistolas equipadas com silenciadores.

O ataque foi confirmado pelo Ministério da Saúde palestino, que denunciou um “novo massacre de ocupação” dentro de hospitais, depois que as tropas israelenses “invadiram o hospital de Jenin e realizaram um tiroteio no seu interior”. Por sua vez, o exército israelense acusa os milicianos de usam hospitais como ” base para planejar atividades terroristas e realizar ataques”. “É mais um exemplo da utilização cínica de áreas civis e hospitais como abrigos e escudos humanos por organizações terroristas”, acrescentou, que também sitiou e atacou quase todos os hospitais da Faixa de Gaza, alegando que membros do grupo terrorista estão escondidos em seu interior.

*Com informações da EFE

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