Itália começará a testar vacina em 90 voluntários nesta segunda-feira

Primeiros resultados de testes in vitro e em animais evidenciaram uma forte resposta imunológica e um bom perfil de segurança do imunizante, segundo as autoridades italianas

  • Por Jovem Pan
  • 23/08/2020 12h49 - Atualizado em 23/08/2020 12h51
Roberto Monaldo/Estadão Conteúdo Itália A Itália foi um dos países europeus mais afetados pela pandemia do novo coronavírus

A Itália começará nesta segunda-feira, 24, a testar em humanos, em um hospital de Roma, uma vacina contra a Covid-19 criada e produzida no país. Milhares de pessoas se inscreveram como voluntários – 5 mil só na semana passada -, mas apenas 90 foram escolhidas para os testes, que serão realizados no Instituto Nacional de Doenças Infecciosas Lazzaro Spallanzani. A vacina, criada, produzida e patenteada pela empresa italiana de biotecnologia ReiThera, já passou pelos testes pré-clínicos realizados tanto in vitro como em animais.

Os primeiros resultados evidenciaram uma forte resposta imunológica e um bom perfil de segurança, segundo as autoridades da região de Lazio, que tem Roma como capital e financiou a vacina com 5 milhões de euros. Os primeiros cinco voluntários são homens, com idades entre 31 e 46 anos, que passaram nos exames médicos preliminares. A vacina será injetada e, se não forem observados efeitos adversos significativos, o estudo avançará para o próximo grupo de voluntários, que receberão uma dose mais elevada. A segunda rodada deverá ocorrer entre 7 e 9 de setembro.

Em geral, os 90 voluntários escolhidos estão divididos em dois grupos de idade: 45 pessoas entre 18 e 55 anos e o mesmo número entre 65 e 85 anos. Cada grupo será dividido em três subgrupos de 15 pessoas, cada um recebendo uma dose diferente de vacina. Durante a fase 1, cada voluntário receberá uma dose de vacina. Depois, cada paciente será submetido a sete controles, os primeiros dois dias após a vacinação e os últimos, após 24 semanas. Muitos dos voluntários são médicos, detalhe que tem gerado grande aprovação das autoridades de saúde. Se os resultados desta fase forem positivos, a segunda etapa pode começar no outono, com um maior número de voluntários, tanto na Itália como em outros países.

*Com informações da EFE

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