Itália planeja três fases de risco e toque recolher para frear Covid-19

Ideia é que a Câmara e o Senado votem as propostas para que o Conselho de Ministros aprove o decreto nas próximas horas

  • Por Jovem Pan
  • 02/11/2020 13h37
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EFE/EPA/Maurizio Brambatti ex-primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte Primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, durante comparecimento à Câmara dos Deputados nesta segunda

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, explicou nesta segunda-feira, 2, durante comparecimento à Câmara dos Deputados, o novo decreto que o governo da Itália deverá aprovar nas próximas horas para frear pandemia do coronavírus. O país terá três fases de risco para as regiões com base no seu nível de contágio e, a nível nacional, um toque de recolher obrigatório, com fechamento de museus e shoppings nos fins de semana. Além da Câmara, a apresentação das medidas também será feita ao Senado e as duas casas votarão as propostas para que o Conselho de Ministros aprove o decreto nas próximas horas e que possa entrar em vigor até amanhã.

O decreto distinguirá três áreas correspondentes a cenários de risco individuais e a transição de uma região para uma fase ou outra, em que uma ou outra medida mais ou menos severa será aplicada, após aprovação do Ministério da Saúde italiano e dependerá de sua “proporção de risco”. Desta forma, explicou Conte, as regiões com menos casos serão impedidas de tomar medidas excessivas, que são necessárias para aquelas com mais infecções. Ele não especificou as restrições específicas das regiões, pois afirmou que o governo ainda está em diálogo com as autoridades regionais, e citou aquelas que serão aprovadas a nível nacional

“Para todo o território nacional, onde são indicados elevados níveis de risco, queremos intervir apenas com algumas medidas específicas que ajudem a reforçar o plano de contenção do contágio, que já estamos perseguindo com os três decretos (aprovados nos últimos meses), principalmente o último”, frisou. “Planejamos fechar todos os shoppings nos feriados e no dia anterior, com exceção de farmácias, lojas de alimentos e tabacarias”, acrescentou. No último decreto, do dia 26 de outubro, foram fechados cinemas, teatros e outras atividades como bingos, e em com esta iniciativa, o governo decidiu fechar as portas de “museus e exposições” e também qualquer “espaço de apostas”.

O objetivo é reduzir a capacidade das instalações públicos locais para 50% e limitar “os movimentos de e para regiões que apresentam elevada taxa de risco, a menos que se justifique por razões de trabalho, estudo, saúde ou situação de necessidade”. Haverá também toque de recolher obrigatório, mas Conte não indicou a hora em que vai começar, mas se limitou a apontar que será a partir do “final da tarde”, e que pode ser evitado por motivos justificados de trabalho, estudo, saúde ou urgência. Finalmente, ele também propôs que os alunos do segundo ano do ensino médio tivessem aulas remotas. A intenção é frear os casos em um país que já acumula 709.335 infecções pelo novo coronavírus desde fevereiro, quando teve início a emergência nacional.

*Com informações da EFE

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