Japão entra em alerta de tsunami após terremoto de magnitude 7,5

Moradores receberam ordem para esvaziarem as áreas atingidas e alertadas para se prepararem para novos sismos; Rússia e Coreia do Sul também estão em alerta 

  • 01/01/2024 08h42 - Atualizado em 01/01/2024 15h26
Yusuke FUKUHARA / Yomiuri Shimbun / AFP terremoto no japão Pessoas ficam próximas a grandes rachaduras na calçada após evacuarem para uma rua na cidade de Wajima, província de Ishikawa, em 1º de janeiro de 2024, depois que um grande terremoto de magnitude 7,5 atingiu a região de Noto em Ishikawa

O Japão entrou em alerta de tsunami após um terremoto de magnitude 7,5 que atingiu o país às 16h10 (4h10 em Brasília), nesta segunda-feira, 1, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos e a Agência Meteorológica do Japão. Segundo avaliações preliminares, os tremores atingiram o centro-norte e tiveram profundidade de 10 quilômetros, o que motivou um alerta de tsunami ao longo das regiões costeiras do oeste do Japão e ordens para que os moradores esvaziem as áreas que podem ser afetadas e se prepararem para novos sismos. Por volta das 9h da manhã, em Brasília, Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, com sede no Havaí, informou que o risco de tsunami após os fortes terremotos tinham passado. “A ameaça de tsunami passou em grande medida”, declarou a agência americana, depois que ondas de mais de um metro de altura atingiram algumas regiões do Japão.

Os tremores sentidos no Japão neste primeiro dia do ano deixaram ma de 33,500 mil casa na província de Ishikawa e Toyama ficaram sem energia após o terremoto, segundo a Hokuriku Electric Power. Os tremores fizeram com que a Coreia do Sul e a Rússia em alerta para a possibilidade de tsunamis em parte de suas costas. O Ministério de Emergências da Rússia informou que está retirando moradores de partes da costa oeste da ilha de Sacalina, disse a agência de notícias Tass, acrescentando que alerta também foram emitidos nas cidades de Vladivostok e de Nakhodk. A Coreia do Sul, por sua vez, orientou os moradores da costa leste a buscarem abrigo em regiões altas.

A Agências Meteorológica japonesa estima as ondas podem chegar a 5 metros de altura. Ondas com mais de 1 metro de altura atingiram a costa da cidade de Wajima, na província de Ishikawa, informou a emissora pública NHK. O porta-voz do governo do Japão, Hayashi Yoshimasa, disse que as usinas nucleares do país, localizadas próximas ao mar, incluindo cinco reatores ativos nas plantas de Ohi e Takahama, na próvíncia de Fukui, estão “sem irregularidades”, e aconselhou que as pessoa em áreas sob alerta de tsunami a evacuarem para locais mais elevados. Serviços dos trens-bala Shinkansen do Japão foram suspensos, informa o site da operadora ferroviária JR East, e rodoviárias foram fechadas. Imagens exibidas pela NHK pareciam mostrar prédios desabando em Ishikawa, e tremores abalaram prédios em Tóquio, na costa oposta. Em 2011, um enorme tsunami atingiu o Japão em 11 de março e matou aproximadamente 20 mil pessoas, além de devastar cidades e desencadear fusões nucleares em Fukushima.

 

O ministro da Defesa, Minoru Kihara, informou que mil militares estão preparados para ir para a região e que outros 8.500 foram mobilizados. As autoridades também usaram 20 aviões militares para avaliar os danos.  Casa antigas, que costumam ser de madeira, foram as mais atingidas. O porta-voz do governo, Yoshimasa Hayashi, reportou “seis casos” de pessoas sob edifícios desabados na zona de Ishikawa. A polícia informou estar investigando relatos de que duas pessoas morreram na cidade de Nanao. Ao todo, mais de 50 sismos de magnitude 3,2 ou mais atingiram a península de Noto em quatro horas. Situado no chamado “cinturão de fogo” do Pacífico, o Japão é um dos países do mundo onde os terremotos são mais frequentes. As normas de construção são estritas, os edifícios costumam resistir a fortes terremotos e os habitantes estão acostumados a estas situações. A capital, Tóquio, foi devastada por um grande terremoto há um século, em 1923.

 

 

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