Com vitória em Michigan e Wisconsin, Biden fica mais próximo de vencer as eleições

Estados são considerados cruciais para definição das eleições presidenciais; campanha do atual presidente já havia pedido nova apuração dos votos antes mesmo da vitória de Biden em Wisconsin

  • Por Bárbara Ligero
  • 04/11/2020 17h10 - Atualizado em 04/11/2020 19h17
Adam Schultz / Biden for President O democrata está com um total de 248, sendo que são necessários 270 para conseguir a presidência dos Estados Unidos

Na tarde desta quarta-feira, 4, a mídia norte-americana divulgou a vitória do candidato do partido democrata Joe Biden em dois estados: Wisconsin e Michigan. O seu opositor, o presidente Donald Trump, ficou com 48,9% da preferência em Wisconsin – margem pequena que implicou na perda de 10 pontos no Colégio Eleitoral. No mesmo estado, Biden teve 49,4% dos votos. Em Michigan, o candidato democrata chegou 49,8%, com 97% dos votos apurados enquanto Trump tem 48,6%. Dessa forma, as projeções das agências internacionais indicam que o democrata está liderando as eleições de uma maneira geral com um total de 253 delegados, sendo que são necessários 270 para cravar quem será o próximo presidente dos Estados Unidos. Enquanto isso, o republicano permanece com 214 pontos no Colégio Eleitoral.

A apuração ainda está em andamento em outros estados. Trump tem a maioria de votos para a reeleição no Alasca, com 63,6% dos votos, na Carolina do Norte, com 50,1%, na Geórgia, com 50,2%, e na Pensilvânia, com 52,7%. No entanto, a expectativa é que o jogo vire a favor de Biden, visto que muitos votos enviados pelo correio ainda não foram contabilizados. Pesquisas indicam que os democratas são maioria entre os que adotaram esse modelo de votação antecipada. Nas últimas horas, os candidatos tem utilizado seus perfis oficiais no Twitter para comentar a apuração das eleições, que podem ser acompanhadas ao vivo aqui. Trump tem feito insinuações sobre possíveis fraudes na Pensilvânia e no Michigan. Em uma publicação, ele escreveu: “Estão trabalhando duro para fazer desaparecer 500 000 votos na Pensilvânia – o mais rápido possível. Da mesma forma, em Michigan e outros”. Em outra, ele afirma: “Estão encontrando votos para Biden por todos os lugares – na Pensilvânia, Wisconsin, Michigan. Tão ruim para o nosso país!”.

Enquanto isso, Biden tem feito postagens com o intuito de manter as esperanças dos seus eleitores, ressaltando que é preciso contar todos os votos para cravar o resultado das eleições dos Estados Unidos. “Para garantir que todos os votos sejam contados, estamos organizando o maior esforço de proteção eleitoral já realizado. Porque Donald Trump não decide o resultado desta eleição – o povo americano sim”, argumentou. Em outra publicação, ele garantiu: “Estamos nos sentindo bem sobre onde estamos. Acreditamos que estamos no caminho certo para vencer esta eleição”.

Até às 19h desta quarta-feira, Biden era vitorioso no Arizona (11), Califórnia (55), Colorado (9), Connecticut (7), Delaware (3), Distrito de Colúmbia (3), Havaí (4), Illinois (20), Maine (4), Maryland (10), Massachussetts (11), Minnesota (10), Michigan (16), Nova York (29), New Hampshire (4), Nova Jersey (14), Novo México (5), Oregon (7), Rhode Island (4), Vermont (3), Virgínia (13), Washington (12) e Wisconsin (10).  Já Trump detinha o Alabama (9), Arkansas (6), Carolina do Sul (9), Dakota do Norte (3), Dakota do Sul (3), Flórida (29), Idaho (4), Indiana (11), Iowa (6), Kansas (6), Kentucky (8), Louisiana (8), Mississipi (6), Missouri (10), Montana (3), Nebraska (5), Ohio (18), Oklahoma (7), Tennessee (11), Texas (38), Utah (6), Virgínia Ocidental (5) e Wyoming (3).

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