Jornalista americana acusa Trump por assédio cometido em 1995

  • Por Jovem Pan
  • 21/06/2019 19h24
EFE/EPA/Olivier Douliery / POOL Elizabeth Jean Carroll é ex-colunista da revista Elle e promete contar o caso em um livro com lançamento previsto para julho

Uma jornalista americana acusou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por assédio em um provador de uma loja de Nova York em 1995. Elizabeth Jean Carroll é ex-colunista da revista Elle e promete contar o caso em um livro com lançamento previsto para julho.

Ela e Trump teriam se encontrado, segundo a jornalista, na loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Manhattan. O atual presidente abordou Carroll chamando-a de “a senhora dos conselhos” e pediu ajuda para comprar um presente para uma “garota”. Os dois, então, começaram a circular pelos corredores em busca de algo que agradasse à misteriosa mulher.

A jornalista contou como Trump fazia comentários para exaltar sua riqueza, dizendo que planejou comprar a Bergdorf. Em um momento, o agora presidente americano chamou Carroll de velha ao ouvir que ela tinha 52 anos, quase a mesma idade dele.

Quando os dois chegaram ao departamento de lingeries, Trump sugeriu que a jornalista vestisse uma das peças em exposição, recebendo como resposta uma brincadeira de Carroll, que indicou que ele é quem deveria vesti-la.

Depois de os dois chegarem à área de provadores, Trump ficou violento, a jogou contra a parede e tentou beijá-la. Na sequência, ele teria colocado as mãos sobre a vagina de Carroll, abrindo seu zíper e colocando o pênis para fora, tentando estuprá-la.

Carroll afirmou que conseguiu se desvencilhar de Trump após menos de três minutos. E já se antecipou às perguntas que sabe que terá que responder depois denunciar o agora presidente dos EUA.

“Relatei à polícia? Não. Contei a alguém? Sim, a duas amigas íntimas. Tenho fotos ou alguma prova visual? As câmeras de segurança da Bergdorf devem ter nos captado na entrada da loja”, disse a jornalista à “New York”.

E por que Carroll não o denunciou antes? “Receber ameaças de morte, deixar minha casa, ser despedida, humilhada e me unir às 15 mulheres que divulgaram histórias críveis como o homem as agarrou, incomodou, menosprezou, maltratou, assediou sexualmente e estuprou só para vê-lo negar, ameaçar e atacar nunca soou divertido”, respondeu.

Com Agência EFE

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