Julgamento criminal de Trump em Nova York é adiado para abril
Data inicial era 25 de março; tanto a Promotoria Distrital de Manhattan quanto a defesa de Trump haviam dado aval ao adiamento
O juiz Juan Merchan adiou nesta sexta-feira, 15, julgamento de criminal do ex-presidente e pré-candidato republicano Donald Trump em Nova York por 34 crimes relacionados a pagamentos irregulares a uma atriz pornô em 2016. O julgamento estava previsto para 25 de março e agora será realizado em meados de abril. Tanto a Promotoria Distrital de Manhattan, que exerce a acusação, quanto a defesa de Trump haviam dado aval ao adiamento do julgamento, devido ao grande número de documentos fornecidos pelas autoridades federais nos últimos dias. Na quinta-feira, o promotor Alvin Bragg fez alusão a 31 mil páginas de “registros adicionais” e disse que mais documentos eram esperados, por isso propôs ao juiz um adiamento de 30 dias para “garantir que a defesa tenha tempo para analisar os novos materiais”.
Em sua decisão, Merchan marcou para 25 de março uma audiência para tratar de uma moção da defesa sobre o processo de coleta de provas, “as circunstâncias que envolvem a produção de documentos” pela Procuradoria dos EUA e possivelmente a nova data do julgamento. Os advogados de Trump haviam argumentado que a Promotoria de Manhattan violou as regras que regem a análise e a seleção de provas e, portanto, pediram que toda a acusação fosse rejeitada ou, alternativamente, que vários depoimentos fossem excluídos e o julgamento fosse adiado por pelo menos 90 dias. “O tribunal marcará a nova data do julgamento, se necessário, quando decidir sobre a moção da defesa após a audiência”, disse Merchan, observando que sua ordem para que as partes, e em particular o réu, não assumam “nenhum compromisso” durante o julgamento continua em vigor.
Trump, que deve ser confirmado como candidato do Partido Republicano à Casa Branca na eleição presidencial deste ano, tentou impedir o processo em várias ocasiões, mais recentemente pedindo ao juiz nesta semana que aguardasse a decisão da Suprema Corte sobre sua possível imunidade presidencial em outro caso, de interferência eleitoral. Os promotores de Manhattan acusaram o ex-presidente de 34 crimes relacionados aos US$ 130 mil que ele teria pagado à atriz pornô Stormy Daniels durante a campanha presidencial de 2016 para ocultar um suposto caso extraconjugal.
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