Líbano: protestos contra lockdown deixam um morto e 226 feridos

A medida vigente proíbe as pessoas de saírem de casa até mesmo para fazer compras de supermercado; primeiro-ministro alega que restrição é necessária para conter a Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 29/01/2021 11h10
EFE/EPA/STR Os protestos foram marcados pelo uso de coquetéis Molotov, gás lacrimogênio e trocas de tiros

O Líbano teve sua quarta noite consecutiva de protestos depois que o governo impôs um toque de recolher de 24 horas como forma de conter a disseminação do novo coronavírus. Em Trípoli, uma das cidades mais pobres do país, um homem de 30 anos morreu baleado durante um confronto entre autoridades de segurança e manifestantes na noite desta quarta-feira, 27. A imprensa local afirma que os policiais atiraram contra a multidão com balas de verdade quando civis tentaram invadir o prédio da prefeitura. A noite também foi marcada pelo uso de coquetéis Molotov por parte dos manifestantes, que foram retaliados pelos agentes de segurança com gás lacrimogênio. No total, 226 pessoas ficaram feridas.

O Líbano já registrou um total de 289 mil casos e 2.500 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. Os trabalhadores alegam que o lockdown está causando mais sofrimento às populações mais pobres, mas o primeiro-ministro interino Hassan Diab defende que as restrições são necessárias devido à sobrecarga do sistema de saúde. O jornal britânico Financial Times relata que muitos hospitais do país estão sem respiradores, além de estarem próximos da lotação. As primeiras vacinas contra Covid-19 devem chegar ao Líbano no meio de fevereiro, de acordo com o ministro da Saúde, Hamad Hassan.

*Com informações de agências internacionais

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