Manifestações contra prisão de Navalny na Rússia têm centenas de pessoas detidas

Opositor de Putin foi conduzido à prisão preventivamente após voltar da Alemanha, onde se recuperava de um envenenamento sofrido no ano passado

  • Por Jovem Pan
  • 23/01/2021 12h33
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EFE/EPA/ANATOLY MALTSEV Pelo menos 381 pessoas foram presas em todo o território russo em manifestações de apoio a Navalny

A polícia prendeu centenas de pessoas em várias partes da Rússia neste sábado, 23, durante as manifestações convocadas em apoio ao líder opositor Alexei Navalny que, por sua vez, foi detido preventivamente ao retornar da Alemanha, onde estava se recuperando do envenenamento sofrido no ano passado. De acordo com o site “OVD-info”, especializado no acompanhamento de prisões, pelo menos 381 pessoas foram detidas no território russo ao longo do dia por agentes das forças de segurança. Algumas das detenções, inclusive, ocorreram com uso de violência.

Os protestos pró-Navalny acontecem em 93 cidades do país e foram batizados de “Liberdade!”, e cobram a soltura de Navalny, que foi acusado pelo Serviço Federal Penitenciário da Rússia de ter descumprido as condições da pena de encarceramento de três anos e meio determinada em 2014, mas estava suspensa. Em Moscou, a passeata começou por volta de 14h (8h de Brasília), na praça Pushkinskaya, e as primeiras prisões já começaram a ser registradas logo após o início do ato, conforme constatou a Agência EFE. Entre as pessoas presas, está uma das principais aliadas de Navalny, a advogada do Fundo de Luta contra a Corrupção, Lyubov Sobol.

Na última quinta-feira, 21, já havia sido colocada em prática uma campanha contra ativistas de oposição ao governo de Vladimir Putin, inclusive com a divulgação de advertências da polícia e da Procuradoria Geral da Rússia dizendo que atos não autorizados seriam coibidos e que manifestantes poderiam ser presos. A própria Sobol chegou a ser presa na quinta, sob a acusação de ter violado, de maneira reiterada, “as regras de organização de um protesto não autorizado”.

*Com Agência EFE

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