Violência marca protestos contra toque de recolher na Holanda

Após o governo anunciar a medida restritiva, que não era implementada no país desde a Segunda Guerra, manifestantes atacaram a polícia e incendiaram bicicletas, carros e estabelecimentos

  • Por Jovem Pan
  • 25/01/2021 17h48
EFE/EPA/ROB ENGELAAR O primeiro-ministro Mark Rutte condenou a violência dos protestos

No último final de semana, a Holanda registrou diversos protestos violentos contra o toque de recolher que entrou em vigor no sábado, 23, para conter a pandemia do novo coronavírus. Em Amsterdã, canhões de água foram utilizados para dispersar a multidão que se reunia na Museumplein. Na cidade de Eindhoven, os manifestantes incendiaram carros, quebraram janelas, saquearam lojas, e jogaram pedras contra os policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogênio. Em Urk, um centro de detecção de Covid-19 foi alvo de vandalismo e chegou a ser incendiado. Em Enschede, janelas de hospitais foram quebradas. Também houve confusão em uma dezena de outras cidades espalhadas pelo país. No total, mais de 240 pessoas foram presas, segundo o jornal britânico The Guardian.

A Holanda, que não tinha um toque de recolher desde a Segunda Guerra Mundial, proibiu a circulação entre 21h e 4h30 devido ao surgimento da nova cepa do coronavírus no Reino Unido, que acredita-se ser ainda mais contagiosa. Além disso, as escolas e os comércios não-essenciais estão fechados desde dezembro e os bares e restaurantes, desde outubro. Os protestos violentos foram condenados pelo primeiro-ministro Mark Rutte que, no entanto, não está com a popularidade em alta. Ele renunciou ao cargo na última sexta-feira, 22, após um escândalo envolvendo 20 mil famílias que foram falsamente acusadas de fraude pela repartição de finanças do governo. No entanto, ele continuará trabalhando até as eleições marcadas para o dia 17 de março.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.