Liz Truss é empossada primeira-ministra e promete reconstruir a economia do Reino Unido: ‘Podemos enfrentar a tempestade’

A nova líder do Partido Conservador irá substituir Boris Johnson, que esteve no comando nos últimos três anos e renunciou ao cargo em julho

  • Por Jovem Pan
  • 06/09/2022 14h36 - Atualizado em 06/09/2022 14h44
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EFE/EPA/NEIL HALL Liz Truss foi empossada como nova primeira-ministra do Reino Unido Liz Truss foi empossada como nova primeira-ministra do Reino Unido

Liz Truss tornou-se a terceira mulher a assumir o posto de primeira-ministra do Reino Unido, nesta sexta-feira, 6. Empossada pela rainha Elizabeth II, em cerimônia no castelo de Balmoral, na Escócia, a nova líder do Partido Conservador irá substituir Boris Johnson, que esteve no comando nos últimos três anos e renunciou ao cargo em julho. Após a cerimônia protocolar, que durou cerca de trinta minutos, Truss retornou à capital Londres e fez um breve discurso. “Acabei de aceitar o convite da rainha para formar um governo”, disse ela, em sua primeira fala como premiê. Representando a ala mais à direita do partido, a política prometeu diminuir os impostos para impulsionar uma economia britânica à beira da recessão. Nas redes sociais, a nova mandatária falou em “enfrentar a tempestade” junto com a população. “Como sua primeira-ministra, estou confiante de que juntos podemos enfrentar a tempestade, reconstruir nossa economia e nos tornar a Grã-Bretanha moderna e brilhante que sei que podemos ser. Vou agir todos os dias para que isso aconteça”, escreveu.

A transferência de poder no Reino Unido geralmente acontece no Palácio de Buckingham, em Londres, a menos de 10 minutos de carro de Downing Street. Neste ano, por problemas de mobilidade da rainha Elizabeth II, de 96 anos, tanto Boris Johnson como Luiz Truss viajaram mais de 800 km ao norte. Em seguida, a nova primeira-ministra retornou à capital, onde fez seu discurso no mesmo local da despedida de Johnson, antes de formar o novo Executivo. Na quarta-feira, 7, ela presidirá o primeiro conselho de ministros e enfrentará na Câmara dos Comuns o líder da oposição, o trabalhista Keir Starmer, que a acusou de “não estar ao lado dos trabalhadores”, pressionados por uma inflação de mais de 10%. A partir de outubro, as famílias britânicas enfrentarão um aumento de 80% nas contas de gás e energia elétrica. Muitas empresas e instituições, incluindo hospitais e escolas, alertaram que terão que fazer cortes ou até fechar devido à impossibilidade de pagar o novo valor. Eleita em uma votação com a participação de apenas 82% dos 172.000 membros do Partido Conservador, em um país de 67 milhões de habitantes, diversas pesquisas mostraram que grande parte dos britânicos não confia na capacidade de Truss para enfrentar a crise.

Já Boris Johnson, em discurso de despedida, fez um balanço sobre o seu mandato, falando da “distribuição mais rápida de vacinas na Europa” contra a Covid-19 e a “entrega rápida de armas às forças ucranianas” contra a invasão russa. Além disso, o conversador falou que uma de suas conquistas foi atingir um “desemprego em níveis mínimos nunca vistos desde que tinha 10 anos”. Já falando sobre passar o bastão para sua ex-ministra das Relações Exteriores, Johnson disse ter sido injustiçado. “O bastão será entregue no que inesperadamente acabou sendo uma corrida de revezamento. Eles (deputados) mudaram as regras no meio do caminho, mas isso não importa agora (…) Mas como Cincinato (ditador romano que voltou ao poder após se aposentar), eu estou retornando ao meu plano”, completou, em pronunciamento em frente à sede do governo britânico, em Downing Street.

*Com informações da AFP

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