Lugar paradisíaco no Egito já matou ao menos 100 pessoas e é conhecido como ‘arrebatamento das profundezas’

Buraco Azul é uma formação natural no Mar Vermelho e tem 120 metros de profundidade; mergulhadores relatam verem uma luz brilhante que os puxam para baixo

  • Por Jovem Pan
  • 29/06/2022 16h49 - Atualizado em 29/06/2022 17h22
Reprodução/Youtube/@ Diving Scope buraco azul Buraco Azul ´fica no Egito e é uma armadilha para os mergulhadores

Se de longe o Blue Hole (Buraco Azul) chama atenção por ser uma piscina natural, de perto ele é uma verdadeira armadilha. Não é por acaso que é considerado amaldiçoado. O local, que fica no Mar Vermelho, ao norte de Dahab, no Egito, é conhecido como “cemitério dos mergulhadores” e já deixou ao menos cem pessoas mortas. Contudo, especialistas acreditam que a quantidade possa ser maior e que ainda haja corpos presos dentro os túneis. Formado por uma piscina natural, o Buraco Azul de 120 metros de profundidade e 26 metros de túnel cavernoso, segundo o jornal inglês Daily Star. Ele tem uma formação geológica pouco comum e provoca nos mergulhadores narcose por nitrogênio, um fenômeno que provoca confusão e desorientação nas vítimas devido à respiração de certos gases de alta pressão.

O Buraco Azul também leva o nome de “arrebatamento das profundezas”, pois possui uma luz brilhante que confunde os mergulhadores por se parecer com a superfície do oceano, quando, na verdade, faz com que nadem no sentido contrário. Em 1997, dois jovens irlandeses foram encontrados com corpos entrelaçados. Apesar de parecer que os dois estavam em um abraço eterno, especula-se que em um momento de pânico um agarrou o outro e arrastou o parceiro para a morte. Segundo o jornal britânico, os locais acreditam que haja uma maldição no local em decorrência de uma menina que se afogou no Buraco Azul para evitar ser submetida a um casamento arranjado. Em entrevista ao jornal alemão Der Spiegel, o mergulhador responsável por retirar vários corpos submersos, diz que “não é difícil mergulhar no Blue Hole”, porém, “muitos subestimam o buraco”, o que faz ele se transformar “rapidamente em uma armadilha”.

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