Macri se distancia de Milei e enfatiza apoio a Bullrich

Ex-presidente afirma que sua candidata é capaz de fazer ‘uma mudança profunda e real’ na Argentina

  • Por Jovem Pan
  • 12/09/2023 21h18
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RICARDO MAZALAN/ASSOCIATED PRESS/AE/Código imagem:190329 Mauricio Macri Argentina, Buenos Aires, 02/12/2015. O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, apresenta seu novo gabinete em Buenos Aires, Argentina. Macri assume dia 10. - Crédito:

O ex-presidente argentino Mauricio Macri voltou à arena eleitoral para explicitar seu apoio à Patricia Bullrich, candidata da sua coalizão de centro-direita, “Juntos pela Mudança”. Seu objetivo é silenciar as vozes que o ligam ao libertário Javier Milei. Apesar da sua ausência na linha da frente da campanha eleitoral após os resultados das eleições Paso (primárias, abertas, simultâneas e obrigatórias) realizadas em 13 de agosto, o nome do ex-presidente, que governou o país de 2015 a 2019, esteve muito em voga e ligado ao líder da coalizão de extrema-direita “Liberdade Avança”. Depois de ter sido o mais votado nestas prévias, Milei disse em várias entrevistas que poderia contar com alguém da estatura de Macri em um papel ligado à imagem exterior da Argentina em possível mandato.

Para esclarecer da melhor maneira possível, o ex-presidente reconheceu que a Argentina precisa de “uma mudança profunda e real”, em entrevista à rede “Todo Noticias” na última segunda-feira, 12. Porém, para ele, essa desejada mudança só pode ser representada pela opção de Bullrich, que foi sua ministra de Segurança. “Este é o momento em que temos que trabalhar juntos todos aqueles que sonham com a mudança, deixando a raiva de lado e apostando num espaço que amadureceu, que cresceu e que tem um conjunto de líderes de valor”, disse Macri. O ex-presidente elogiou Bullrich e destacou sua capacidade de liderar uma “mudança profunda, sem messianismo, sem loucura e com firmeza” no país sul-americano.

Questionado sobre as propostas econômicas do líder da “Liberdade Avança”, que defende a dolarização da Argentina, Macri se alinhou com os economistas que se opõem a esta medida e garantiu que esta proposta não passaria de “um atalho”. Apesar destas críticas, o ex-presidente reconheceu ter enviado uma mensagem de texto a Milei para parabenizá-lo após a vitória no PASO, mas minimizou a importância deste fato e garantiu que apenas tem vocação para o “diálogo” com outras forças políticas. “Espero que Milei e seus deputados, com o apoio que estão recebendo, apoiem Patricia quando ela tiver que enfrentar reformas profundas de forma saudável”, disse Macri.

O ex-presidente já havia apoiado, de forma tácita, sua ex-ministra na disputa com o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, pela candidatura definitiva às eleições presidenciais de outubro. A partir de 10 de dezembro, um novo presidente ocupará a Casa Rosada, depois do mandato do peronista Alberto Fernández. que optou por não se reeleger.

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