Maior cidade da Austrália estende lockdown até fim de agosto para conter Covid-19

Estado de Nova Gales do Sul listou motivos ‘razoáveis’ para que pessoas possam sair de casa durante as próximas semanas

  • Por Jovem Pan
  • 28/07/2021 16h45 - Atualizado em 28/07/2021 17h57
REUTERS/Loren Elliott pessoa na austrália sozinha diante do mar Sydney, maior cidade da Austrália, decretou novo lockdown

A cidade de Sydney, mais populosa da Austrália, com 5,3 milhões de habitantes, iniciou nesta quarta-feira, 28, um novo lockdown de quatro semanas para tentar conter a propagação de novos casos da Covid-19. Segundo autoridades do país, o aumento vertiginoso de casos da variante Delta da doença, mais contagiosa do que cepas anteriores, foi um dos motivos para imposição do novo lockdown, assim como a baixa taxa de vacinados no país, que só tem 14% dos seus moradores completamente imunizados. Um comunicado do governo de Nova Gales do Sul lista as justificativas “razoáveis” para sair de casa durante o período de lockdown. Entre elas estão a compra de alimentos em mercados que fiquem em uma área de até 10 quilômetros de casa; ida para trabalhos essenciais que não estejam em serviço de home office; saída para exercícios sem companhia em uma área também próxima de casa ou para atendimentos médicos e vacinação contra a Covid-19.

O uso de máscara e até mesmo uma comprovação de residência que mostre que o morador está dentro da área permitida para ele podem ser cobrados pela polícia. Em comunicado à imprensa, a chefe do governo de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, afirmou que a medida foi tomada para que a recuperação da cidade seja feita o mais rápido possível. “Precisamos que as pessoas respeitem as regras o tempo todo e não baixem a guarda”, disse. Após o anúncio das restrições, uma série de protestos contra o lockdown foram registrados no país. Pelo menos 60 pessoas foram multadas por não usarem máscaras e promoverem aglomerações em protestos no último domingo e o Ministro da Segurança do país, David Elliot, afirmou que aqueles que não forem presos ou multados no dia das manifestações serão “caçados” pela polícia nos dias posteriores em uma política de “segurança zero”. Até o momento, o país tem 33 mil casos e 918 mortes causadas pela Covid-19 desde o início da pandemia.

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