Maior salário mínimo do mundo será o de Genebra, na Suíça
A cidade, que também é uma das mais caras do planeta, obrigará os empregadores a pagarem mais de R$ 20 000 por mês aos seus funcionários
A partir do próximo sábado (17), Genebra aplicará uma norma que obriga os empregadores a pagarem pelo menos CFH$ 23 por hora trabalhada. Na conversão desta sexta-feira, em que um franco suíço equivale a R$ 6,12, isso representa um ganho mensal de R$ 22 545, considerando uma jornada de oito horas diárias em vinte dias úteis. Apesar do número impressionar por ser o maior salário mínimo do mundo, é preciso considerar que a cidade suíça também tem um custo de vida elevado.
Como a economia local é bastante dependente do turismo de luxo, associado a encontros diplomáticos e de negócios, Genebra compete com Zurique, Singapura e Hong Kong na lista das cidades mais cara de todo o mundo. Ali, o aluguel de um apartamento comum dificilmente é menor do que CFH$ 2 000 mensais. Além disso, a ausência de uma seguridade social obriga as pessoas a contratarem planos de saúde privados para ter direito aos atendimentos mais básicos. Um homem de meia idade, por exemplo, pode pagar cerca de CFH$ 500 por mês pelo serviço.
Devido à tradição liberal da Suíça, são poucos as localidades do país que estabelecem um salário mínimo. Os próprios cidadãos geralmente são contra o estabelecimento de um piso. Para os analistas, esse recente mudança na opinião pública é consequência da pandemia do novo coronavírus e da crise causada por ela. Antes dessa decisão de Genebra, o salário mínimo mais alto do mundo era o da Austrália, que exige um pagamento mínimo de AUD$ 19,97 por hora aos cidadãos do país, o que se traduziria em cerca de R$ 12 700 por mês.
*Com informações da EFE
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